A Nasa divulgou os esboços do seu projeto para construir um abrigo na
Lua, utilizando uma impressora 3D com uma tecnologia de micro-ondas
acoplada em seu robô aranha, o Athlete, que já possui protótipos
testados.
Recentemente, a Agência Espacial Europeia (ESA), em parceria com a
empresa de arquitetura Foster + Partners, divulgou uma proposta parecida
sobre a construção de uma base lunar também com uma impressora 3D.
Neste projeto, seria preciso levar até o satélite apenas 10% dos
equipamentos necessários para construção do abrigo, que seriam o
robô-impressora, matérias infláveis e conectores.
Com as instalações dentro de estruturas infláveis, a base seria
protegida por edifícios feitos com os blocos de poeira, que seriam
construídos pelo Athlete, o robô-aranha. Com quase 4 metros de diâmetro e
patas com 8,2 metros de comprimento, essa unidade robótica já possui
protótipos construídos e testados, que são controlados por um piloto
humano dentro de uma cápsula situada acima do robô.
A Nasa ainda planeja adaptar o Athlete, instalando 48 câmeras 3D para
auxiliar o operador e modificando 2 de seus 6 braços para acoplar a
impressora 3D micro-ondas. Com habilidades de agarrar, picar e cavar,
ele combinaria as funções de veículo de construção com as de exploração,
tornando a tarefa de edificar a base mais fácil.
Em um comunicado para o Wired, Tomas Rousek, um dos cientistas
que desenvolveu o projeto, explicou que o robô poderia construir todo o
abrigo lunar todo em aproximadamente duas semanas, mas anunciou que “no
momento, não temos a capacidade necessária para transportar o robô para
a Lua, e seria difícil estimar um preço para isso. Em comparação, já
foi gasto aproximadamente US$ 150 bilhões com a Estação Espacial
Internacional, mas a base lunar poderia sair mais barata se fosse
projetada por empresas privadas”.
Tanto o projeto da ESA, quanto o da Nasa escolheram a região próxima ao
polo sul da Lua, na borda da cratera Shackleton, para a construir o
abrigo. De acordo com as empresas, este local é ideal, pois os painéis
de energia solar receberiam a luz do Sol quase que continuamente. Porém
ambas propostas possuem obstáculos semelhantes, como o transporte, o
custo e as dificuldades da poeira lunar – material extremamente
abrasivo, que, por ser muito fino, é difícil de ser filtrado e é
extremamente nocivo para a saúde humana.
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