O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, tem um
conselho sobre o que fazer se um grande asteroide estiver a caminho da
Terra: rezar. Isso é praticamente tudo o que se poderia fazer neste
momento se asteroides ou meteoros desconhecidos estivessem em rota de
colisão com o planeta, afirmou ele a legisladores na Câmara dos
Representantes dos Estados Unidos. A projeção fatalista ocorre enquanto a
Nasa pede que o governo americano financie programas para detecção e
desvio de objetos celestiais próximos da Terra.
Ameaças vindas do espaço costumam ser objetos da ficção científica - em
filmes como Armageddon e Impacto Profundo -, porém membros do Congresso
americano abordaram o assunto depois que um meteorito caiu sobre a
Rússia em 15 de fevereiro e um asteroide passou muito próximo do planeta
no mesmo dia. Preocupados com esses fenômenos, os políticos convidaram o
diretor da Nasa para falar sobre o programa espacial e como se pode
prevenir que a Terra seja atingida por corpos celestes.
Os legisladores não gostaram do que ouviram. O representante
republicano Lamar Smith afirmou aos participantes, mais de uma vez, que o
relatório "não era tranquilizador". Deputados governistas e da
oposição, porém, se mostraram receptivos à ideia de colocar mais
recursos no esforço de conter ameaças cósmicas, conforme solicitado por
Charles Bolden.
O consultor científico da Casa Branca, John Holdren, observou que o
financiamento anual dedicado ao catálogo de asteroides potencialmente
perigosos subiu de US$ 5 milhões para mais de US$ 20 milhões nos últimos
dois anos. Mesmo assim, o administrador da Nasa estimou que o trabalho
de identificação de 90% dos objetos celestiais próximos da Terra entre
140 metros e 1 quilômetro de largura, como demandado pelo Congresso,
deve demorar até 2030.
Fonte: Correio do Estado
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