A Aeronáutica da Rússia será dotada em 2014 de uma modificação do Su-25 destinado para o combate aos meios da Defesa Antiaérea e capaz de detectar e aniquilar os complexos de defesa análogos aos Patriot dos EUA.
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Vietnã, primeira tentativa.
A guerra no Vietnã de
1965-75 foi à primeira ação militar em que a aviação norte-americana se
defrontou com a resistência dos complexos de mísseis antiaéreos.
Em
virtude disso, foi decidido criar aviões especiais, capazes de superar a
barreira colocada pela defesa antiaérea. Tal missão imprescindível foi
designada de Suppression of Enemy Air Defenses (SEAD), enquanto ao
respectivo programa de projeção de novos aviões de assalto especiais foi
atribuído o nome Wild Weasel. Posteriormente, os engenhos criados sob a
sua alçada passaram a ter o mesmo nome.
Naquela
etapa do Wild Weasel I, que se iniciou em 1965, eram utilizados os
primeiros caças supersônicos F-100 Super Sabre.
A versão seguinte F-100F
virou uma base do Wild Weasel que podia detectar radares do adversário
mediante receptores de irradiação, enquanto o operador indicava os alvos
a abater.
A seguir, no decurso do combate, era possível identificar o
alvo por meios visuais e atacá-lo. No entanto, o F-100 não desenvolvia a
elevada velocidade para acompanhar os F-105 Thunderchief e os F-4
Phantom II.
O Wild Weasel da segunda etapa foi
construído com base em F-105. Os aviões EF-105F surgiram nas unidades
aéreas em 1966, seguido logo de F-105G mais sofisticados.
A produção em
série do F-105 foi suspensa um pouco antes, a saber, em 1964. Deste modo
e devido a elevadas perdas na guerra contra o Vietnam, veio a diminuir o
número de engenhos "assassinos da defesa antiaérea". Na sequência
disso, as 4ª e 5ª etapas do programa foram realizadas por meio do F-4
Phantom II, nomeadamente, através das suas versões EF-4C Wild Weasel IV e
F-4G Wild Weasel V.
De notar que cada geração do
Wild Weasel recebia armas e equipamentos modernos, inclusive os mísseis
teleguiados e os sistemas de luta rádioelectrónica. Após a guerra no
Vietnã, os Wild Weasel prestavam serviço na Europa e no Extremo Oriente
onde os EUA, em caso de necessidade, podiam lidar com a defesa antiaérea
soviéticos.
Nos anos 90 do século, os EUA optaram por uma via
diferente: as tarefas relacionadas com um combate eficiente à DAA foram
incumbidas aos caças F-16C polivalentes modernizados. As suas versões
block 50 e block 52 dispunham de equipamento capazes de concretizar esta
tarefa. Enquanto isso, a aviação marítima dos EUA empregava para o
mesmo efeito seus próprios engenhos – o EF-10D Skyknight e depois os
EA-6A e EA-6B Prowler. Hoje em dia, a Marinha, ao contrário da Força
Aérea, continua apostando no uso de engenhos específicos. Os EA-6B
obsoletos foram substituídos por aviões EA-18G Growler, criados com base
em versão F/A-18F Super Hornet de dois assentos.
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O Caminho russo
Antes
de 2008, a Aeronáutica russa não se confrontou com um adversário
terrestre que tivesse meios de proteção melhores que os sistemas de
defesa antiaérea portátil ou a artilharia antiaérea de pequeno calibre. A
guerra contra a Geórgia em agosto de 2008 veio demonstrar que tal
confrontação pudesse provocar sérias consequências e perdas.
Daí, a
necessidade de combate à DAA se tornou uma prioridade. Atualmente,
esta meta tem de ser alcançada por aviões de assalto Su-24 (acima) e o Su-34 (ao lado)
equipados de mísseis anti-radar.
Todavia, os modelos, pelo visto, não
têm capacidades suficientes. Por isso, tem causado
surpresa a escolha do Su-25 como uma base para o Wild Weasel russo. Pelas características que leva, este avião de assalto é capaz de
garantir apenas o acompanhamento dos Su-25.
Para atuar em conjunto com
bombardeiros e caças polivalentes não terá nem a velocidade, nem o
alcance de voos suficientes. Todavia, para os aviões de assalto que ajam
em cima do campo de batalha, tal engenho poderia ser útil. A execução
de outras missões implicaria o recurso a modificações com base do Su-30.
Ou, pelos menos, será necessário um equipamento em contentor que,
aliado aos respectivos armamentos, poderá transformar o Wild Weasel em
qualquer avião-caça da Força Aérea russa.
Fonte: A Voz da Russia
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