O desejo de voar como os pássaros impulsiona as pesquisas científicas.
Um robô já consegue decolar com simples bater de asas, mas os
engenheiros não desestiram de sair do chão em sem a proteção de um
cockpit.
O sonho de voar sempre mexeu com a curiosidade humana. O Futurando
desta semana mostrou um robô que consegue repetir o movimento dos
pássaros com exatidão.
O Smartbird decola pela impulsão das próprias
asas: a máquina consegue fazer o que muitos inventores tentaram repetir
ao longo da história. O pioneiro foi o engenheiro alemão Otto
Lilienthal, que no verão de 1891 deu asas à humanidade.
A decolagem com
um mecanismo que promovia a sustentação à vela – sem a ajuda de motores,
foi a primeira de experimentos e pesquisas que seguem até hoje.
Uma empresa com sede na Suíça transformou o desejo de ganhar os ares em
negócio e desenvolveu uma série de planadores muito leves.
Diferente dos
modelos tradicionais, que precisam do auxílio de motores externos, ele
pode levantar voo com a impulsão do próprio piloto.
Tradicionalmente a
decolagem é feita com o auxílio de cabos de recolhimento rápido
instalado nas pistas, carros ou mesmo outros pequenos aviões, que içam
os planadores até as correntes térmicas que garantem a sua sustentação.
Os planadores criados pela Archaeopteryx podem decolar de maneiras
tradicionais, mas a novidade é uma estrutura que permite que o piloto
decole como se o avião fosse uma asa-delta.
Em uma montanha própria para
a prática do voo, o piloto carrega o avião nas costas e corre: após
decolar, acomoda as pernas no cockpit e voa normalmente. A aeronave
inteira pesa 54 quilos e, em um dia com condições propícias, pode voar
até 400 quilômetros.
Otto Lilienthal foi o pioneiro da aviação a dar asas ao homem, criando diferentes equipamentos voadores
Homem-jato
Nos quadrinhos e na ficção, muitos personagens levantaram voo com a
ajuda de propulsores. Na vida real, foi o suíço Yves Rossy que inaugurou
o feito de voar com a ajuda de propulsores e asas.
Em 2005 ele decolou
pela primeira vez, mas conquistou seu lugar na história da aviação ao
cruzar o Canal da Mancha em 2008.
Com asas feitas de uma liga de carbono
leve, sustentadas por quatro turbinas movidas a querosene, ele levou
apenas 10 minutos para completar o percurso e atingiu velocidades de 200
quilômetros por hora. A aterrisagem é feita de paraquedas.
O aviador suíço, que ficou conhecido como Jetman, também
sobrevoou o Brasil e, em sua página oficial na internet, publicou
imagens da aventura sobre o Rio de Janeiro.
Nos céus brasileiros, assim
como na travessia do Canal da Mancha, Rossy iniciou o voo a partir de um
helicóptero e percorreu alguns dos principais cartões postais da
cidade.
Decolagem
O desafio de repetir o voo, mas saindo do chão sem a ajuda de nenhuma
outra aeronave move novas pesquisas. Um grupo de jovens de Hannover, na
Alemanha, trabalha no projeto Skyflash.
Eles criaram uma espécie de
mochila equipada com propulsores que, com asas acopladas, pretende fazer
o piloto decolar como fazem os aviões.
Os testes envolvem corridas em
alta velocidade pela pista, com o piloto a poucos centímetros do chão. O
modelo ainda não alcançou estabilidade de voo, mas já saiu do chão em
alguns dos testes.
O time é bastante ativo nas redes sociais e informa com frequência sobre
a evolução do projeto. “Ao pensar no projeto Skyflash é preciso
eliminar a ideia clássica de avião e piloto”, explicou a equipe.
O grupo
afirma que nesse modelo específico o corpo do piloto é também parte do
avião e, por isso, cada detalhe da anatomia precisa ser estudado como
parte da aeronave.
Autora: Ivana Ebel
Revisão: Francis França
Fonte: DW - Via: Arquivos do Insólito
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