O Irã
negou nesta terça-feira (23) envolvimento em um complô para sabotar um
trem de passageiros no Canadá que a polícia diz ter recebido apoio de
integrantes da Al-Qaeda no Irã.
A polícia canadense disse não haver nenhuma indicação de que o plano de
atentado tenha sido patrocinado pelo Estado iraniano, país com o qual o
Canadá cortou relações diplomáticas no ano passado.
O Irã, no entanto, reagiu com irritação.
"Nenhum resquício de evidência em relação àqueles que foram presos e
acusados foi fornecido", disse o porta-voz do Ministério de Relações
Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, segundo a agência de notícias
Mehr.
Segundo ele, as informações de ligação com a Al Qaeda não são de forma
alguma consistentes com a República Islâmica, e acrescentou que o Irã é
contra "qualquer tipo de ação violenta que ponha em perigo vidas."
"Nos últimos anos, o governo radical do Canadá colocou em prática um
projeto para perseguir o Irã e é claro que tem buscado essas ações
hostis", acrescentou.
Em setembro do ano passado, o Canadá cortou relações diplomáticas com o
Irã devido ao programa nuclear iraniano, a sua hostilidade em relação a
Israel e por causa do que Ottawa classificou como apoio do Irã a grupos
terroristas.
Autoridades norte-americanas disseram que o ataque teria como alvo uma linha de trem entre Nova York e Toronto.
Dois suspeitos foram presos. Chiheb Esseghaier, de 30 anos, de
Montreal, e Raed Jaser, de 35 anos, de Toronto, foram acusados pela
polícia canadense de ter ligação com facções extremistas da Al-Qaeda com base no Irã.
Fonte: G1
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