A Embraer vendeu seis unidades do avião de ataque leve
Super Tucano para a Guatemala para auxiliar nos voos de combate ao
tráfego de drogas, segundo o presidente da Embraer Defesa e Segurança,
Luiz Carlos Aguiar. O executivo também informou que a empresa vendeu
três unidades do mesmo avião para Senegal, na África.
A fabricante de aviões irá entregar um centro de
comunicações junto com os seis aviões para a Guatemala, disse Aguiar em
uma entrevista à Reuters, antes da participação da empresa em
uma feira de defesa e segurança no Rio de Janeiro. Esse é o primeiro
pedido da Embraer que inclui operações de comando e controle desde que
sua unidade de defesa incorporou a Atech, empresa especializada neste
campo.
"A Atech vai ser responsável pelo desenvolvimento do
centro de controle, que vai estar integrado dentro de um sistema de
monitoramento para o país, para combate ao narcotráfico local", disse
Aguiar.
O país da América Central escolheu o mesmo avião que a
Colômbia usou em sua batalha contra as forças de guerrilha das FARCs.
Como o vizinho México, a Guatemala tem sofrido com violência dos cartéis
de drogas, o que tem feito o país registrar uma das maiores taxas de
homicídios do mundo. O presidente da Guatemala, Otto Perez, um antigo
oficial militar, tem sido um crítico ferrenho das políticas de proibição
de abastecimento de guerra antidrogas na América Latina, mas os pedidos
pelo Super Tucano deixam claro que a batalha contra os cartéis locais
continua a ser uma prioridade. A Embraer não quis informar os valores
das vendas.
Com as encomendas, o número de países na América Latina
com o Super Tucano passa a seis, enquanto na África passa para quatro.
"Temos (na América Latina) República Dominicana, Chile, Colômbia,
Equador, Brasil e agora a Guatemala. (Na África) são seis. E temos
Angola, Burkina Fasso, Mauritânia e Senegal."
Aguiar afirmou também que a atividade de vendas do Super
Tucano aceleraram desde que a empresa ganhou uma licitação nos Estados
Unidos para fornecer 20 unidades do avião de ataque leve para a Força
Aérea americana, que serão usados em missões no Afeganistão. "Esses
casos específicos começaram antes do resultado, mas sem dúvida nenhuma,
na fase final deu uma acelerada em função disso (contrato nos EUA). E
vamos vendo bastante pedidos de consultas sobre a aeronave. Países que
não estavam no nosso radar estão entrando para pedir informações",
ressaltou.
A Força Aérea dos EUA autorizou a Embraer no mês passado
a seguir com o pedido de US$ 428 milhões apesar dos protestos da rival
Beechcraft. Segundo o executivo, a fábrica para a montagem do Super
Tucano em Jacksonville, na Flórida, deve estar pronta em sete meses.
"Colocamos a ordem de compra de material. Daqui
praticamente a sete meses estamos com a fábrica pronta, aí a gente
começa a entregar", disse, acrescentando que a primeira entrega deve ser
feita entre quatro e cinco meses após a conclusão da fábrica.
Fonte: Terra
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