O Peru realiza consultas entre países da América do Sul para avaliar a possibilidade de uma reunião sobre a situação na Venezuela, disse nesta quinta-feira o chanceler peruano, no momento em que o país enfrenta incidentes de violência política desde a eleição presidencial, que está sendo questionada pela oposição.
O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, disse a jornalistas que será feita a consulta a membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), integrada por 12 países da região, contando com o Paraguai, suspenso no ano passado.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijZdA-Z3_uswR8hznAflm0ojR5lV8hPhyjIpcctNVd5-581Vdhqiinp8gcFLHgzzKO7pDRyEusLNikkCJLcGa_TvrjaYPjsp31qEKsdmadQ08jkVGuHZU0nNFzvrMKLKcy_FTtIPo3ljrL/s1600/unasul.jpg"Nós estamos fazendo gestões. Para que a Unasul ou qualquer outro organismo internacional possa se reunir, precisamos ter um acordo", disse Roncagliolo ao ser consultado sobre uma possível reunião da Unasul para analisar a situação da Venezuela.
"Cada reunião se faz com consulta prévia que leva a um acordo, estamos em processo de consulta", disse.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está em Brasília, ameaçou na sexta-feira passada enviar uma nota de protesto ao Peru por considerar as declarações de Roncagliolo uma falta de respeito.
O chanceler disse que o Peru iria promover um documento da Unasul com o objetivo de reiterar um apelo ao governo de Caracas para ter "tolerância e diálogo" depois de conflitos com a oposição.
Um dia depois, considerou superado o incidente diplomático após dizer que recebeu explicações do presidente peruano, Ollanta Humala, por meio do embaixador venezuelano em Lima sobre o tema.
Roncagliolo se absteve de comentar se Maduro está cumprindo com o acordo alcançado por consenso na Unasul dias depois da eleição apertada de 14 de abril. A Unasul apoiou a vitória de Maduro, mas também pediu diálogo e que se preservasse um clima de tolerância no país.

Fonte: UOL