Um pistola feita com plástico e produzida com uma impressora 3D foi disparada com sucesso pela primeira vez nos Estados Unidos.
A arma foi produzida no Estado do Texas (sul do país), com suas partes plásticas projetadas por computador e enviadas à impressora. Apenas a agulha, uma pequena peça que é parte do mecanismo de disparo, é de metal.
O grupo responsável pela produção da pistola, o Defense Distributed, precisou de um ano para desenvolver o projeto, que foi testado com sucesso em um campo de tiro na cidade de Austin, no sábado.
O polêmico grupo americano é liderado pelo estudante de direito da Universidade do Texas, Cody Wilson, de 25 anos.
"Acho que muitos não esperavam que isto (a fabricação de uma arma com uma impressora 3D) fosse possível", afirmou.
Wilson afirma que o objetivo agora é disponibilizar na internet o projeto da arma para quem quiser fabricar sua pistola.
"Existem governos no mundo todo que dizem que você não pode ter armas de fogo. Mas isto não será mais possível, eu vejo um mundo onde a tecnologia poderá fazer com que você tenha o que você quiser. Não depende mais dos políticos", afirmou o líder do grupo em entrevista à BBC.
Wilson admite que a "ferramenta pode ser usada para ferir outras pessoas, é o que a ferramenta é, uma arma".
"Mas não acho que seja uma razão para não fazer isto, ou uma razão para não disponibilizar (o projeto)."
Tecnologia e leis
A fabricação de objetos em uma impressora 3D consiste em juntar camadas de material para construir objetos sólidos complexos.
A ideia é que, quando estas impressoras ficarem mais baratas, em vez de comprar mercadorias em lojas, as pessoas baixem projetos e imprimam os objetos.
No caso da arma, a impressora usada foi comprada no site do eBay por US$ 8 mil.
Para fabricar a arma, Cody Wilson recebeu uma permissão de manufatura e venda do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo dos Estados Unidos, (ATF, na sigla em inglês).
Donna Sellers, da ATF, disse à BBC que a arma impressa é legal, desde que não se encaixe na Lei Nacional de Armas de fogo (se fosse uma arma automática, por exemplo, seria ilegal).
"(Nos Estados Unidos) uma pessoa pode fabricar uma arma de fogo para uso pessoal. No entanto, se ela iniciar um negócio de fabricação para vender uma arma, vai precisar de uma licença", afirmou.
Críticas
Grupos que reivindicam um maior controle de armas nos Estados Unidos criticaram a iniciativa do Defense Distributed.
"Estas armas podem cair em mãos de pessoas que não deveriam ter armas, criminosos, pessoas que têm doenças mentais graves, pessoas condenadas por violência doméstica e até crianças", afirmou Leah Gunn Barrett, do grupo New Yorkers Against Gun Violence.
Agências de segurança do mundo todo também já estão de olho na arma produzida com a impressora e na tecnologia de impressão em 3D, já que a tecnologia já foi usada por algumas organizações criminosas para criar leitores de cartões inseridos em caixas eletrônicos.
"Criminosos ainda vão ter acesso mais fácil a armas do jeito tradicional, sem precisar de internet", afirmou Victoria Baines, do Centro de Crime Cibernético da Europol, a polícia da União Europeia.
"Mas as impressoras poderão popularizar as armas entre setores da sociedade que não tinham acesso a elas, como os jovens", acrescentou.
A arma foi produzida no Estado do Texas (sul do país), com suas partes plásticas projetadas por computador e enviadas à impressora. Apenas a agulha, uma pequena peça que é parte do mecanismo de disparo, é de metal.
O grupo responsável pela produção da pistola, o Defense Distributed, precisou de um ano para desenvolver o projeto, que foi testado com sucesso em um campo de tiro na cidade de Austin, no sábado.
O polêmico grupo americano é liderado pelo estudante de direito da Universidade do Texas, Cody Wilson, de 25 anos.
"Acho que muitos não esperavam que isto (a fabricação de uma arma com uma impressora 3D) fosse possível", afirmou.
Wilson afirma que o objetivo agora é disponibilizar na internet o projeto da arma para quem quiser fabricar sua pistola.
"Existem governos no mundo todo que dizem que você não pode ter armas de fogo. Mas isto não será mais possível, eu vejo um mundo onde a tecnologia poderá fazer com que você tenha o que você quiser. Não depende mais dos políticos", afirmou o líder do grupo em entrevista à BBC.
Wilson admite que a "ferramenta pode ser usada para ferir outras pessoas, é o que a ferramenta é, uma arma".
"Mas não acho que seja uma razão para não fazer isto, ou uma razão para não disponibilizar (o projeto)."
Tecnologia e leis
A fabricação de objetos em uma impressora 3D consiste em juntar camadas de material para construir objetos sólidos complexos.
A ideia é que, quando estas impressoras ficarem mais baratas, em vez de comprar mercadorias em lojas, as pessoas baixem projetos e imprimam os objetos.
No caso da arma, a impressora usada foi comprada no site do eBay por US$ 8 mil.
Para fabricar a arma, Cody Wilson recebeu uma permissão de manufatura e venda do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos do governo dos Estados Unidos, (ATF, na sigla em inglês).
Donna Sellers, da ATF, disse à BBC que a arma impressa é legal, desde que não se encaixe na Lei Nacional de Armas de fogo (se fosse uma arma automática, por exemplo, seria ilegal).
"(Nos Estados Unidos) uma pessoa pode fabricar uma arma de fogo para uso pessoal. No entanto, se ela iniciar um negócio de fabricação para vender uma arma, vai precisar de uma licença", afirmou.
Grupos que reivindicam um maior controle de armas nos Estados Unidos criticaram a iniciativa do Defense Distributed.
"Estas armas podem cair em mãos de pessoas que não deveriam ter armas, criminosos, pessoas que têm doenças mentais graves, pessoas condenadas por violência doméstica e até crianças", afirmou Leah Gunn Barrett, do grupo New Yorkers Against Gun Violence.
Agências de segurança do mundo todo também já estão de olho na arma produzida com a impressora e na tecnologia de impressão em 3D, já que a tecnologia já foi usada por algumas organizações criminosas para criar leitores de cartões inseridos em caixas eletrônicos.
"Criminosos ainda vão ter acesso mais fácil a armas do jeito tradicional, sem precisar de internet", afirmou Victoria Baines, do Centro de Crime Cibernético da Europol, a polícia da União Europeia.
"Mas as impressoras poderão popularizar as armas entre setores da sociedade que não tinham acesso a elas, como os jovens", acrescentou.
Fonte: UOL
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