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Os intensos combates na passagem da fronteira da Síria para as Colinas do Golan, ocupadas por Israel desde 1967, deixaram o Estado judeu em alerta nesta quinta-feira (6). Uma equipe da rede de televisão CNN observou o avanço de tanques israelenses ao longo da fronteira em meio à disseminação da guerra civil síria na região.
Nesta quinta, rebeldes que lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, capturaram a única passagem ao longo da linha de cessar-fogo entre Israel e Síria, segundo informaram o Exército de Israel e grupos rebeldes.

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As forças israelenses foram colocadas em alerta na fronteira em meio à intensificação da violência. A tomada pelos rebeldes de Quneitra, região da fronteira demilitarizada e patrulhada por forças da ONU, durou apenas algumas horas. Mais tarde, no mesmo dia, a mídia estatal síria afirmava que as forças do governo haviam conseguido restabelecer o controle. As batalhas no local duraram grande parte do dia.
A ferocidade dos combates fez com que a Áustria anunciasse a retirada de suas tropas da força de paz da ONU do território. "Os acontecimentos (combates entre tropas e rebeldes) mostram que a espera não poderia mais ser justificada", disseram o chanceler austríaco Werner Fayman e o ministro das Relações Exteriores do país, Michael Spindelegger, em comunicado conjunto.
A Áustria fornecia 377 dos 911 representantes das forças de paz. Dois integrantes da missão da ONU também ficaram feridos nos combates desta quinta-feira.
A chancelaria israelense divulgou um comunicado lamentando a decisão da Áustria e dizendo esperar que a retirada "não propicie uma escalada maior ( da violência ) na região". O comunicado também dizia que Israel esperava que a ONU mantivesse suas forças de paz, criadas há quatro décadas.
Enquanto as batalhas seguiam em Quneitra, o Exército de Israel declarou o lado israelense da passagem uma zona militar fechada e ordenou que os colonos não permanecessem nos campos próximos à linha de cessar-fogo.
Israel se preocupa que as Colinas do Golan, capturadas pelo Estado judeu da Síria em 1967, e onde batalhas entre os dois inimigos foram novamente realizadas em 1973, se tornem um ponto de partida para ataques contra israelenses por combatentes jihadistas que estão entre os rebeldes sírios.
Segundo o jornal americano New York Times, uma fonte do Exército israelense afirmou que dois morteiros caíram em áreas abertas do lado israelense da fronteira por causa do conflito. O Exército também confirmou que dois sírios feridos foram levados para tratamento em hospital no território de Israel.
A agência estatal de notícias da Síria confirmou que ambulâncias israelenses transportaram alguns rebeldes feridos paraa dentro dos territórios israelenses, o que, segundo o governo, "constitui nova prova das ligações entre esses grupos terroristas e a ocupação israelense".
Israel já declarou diversas vezes que não tem intenção de se envolver na guerra civil da Síria, mas que agirá caso seus interesses fiquem prejudicados. O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, afirmou nesta semana que Israel não toleraria a transferência de armas do governo sírio para o Hezbollah, grupo militante libanês, a perda de controle do governo sírio sobre as armas químicas e a ameaça à fronteira das Colinas de Golan.
Apoio da Al-Qaeda
Também nesta quinta-feira, o líder da Al-Qaeda instou os muçulmanos sunitas a não poupar esforços em se unir à batalha na Síria, derrubar o governo Assad, e estabelecer um governo islâmico no país.


Fumaça é vista no vilarejo sírio de Quneitra perto da fronteira de Israel
 
O pedido de Ayman al-Zawahri ocorre um dia depois de o Exército sírio, apoiado por militantes xiitas do Hezbollah, terem capturado a estratégica cidade de Qusair , próxima à fronteira com o Líbano, um significativo golpe para os opositores, de maioria sunita.
Mais de 70 mil foram mortos na guerra civil em mais de dois anos do conflito. Os combatentes de oposição são de maioria sunita e o regime Assad é dominado pela facção alauíta, grupo islâmico xiita.
O conflito na Síria teve um início pacífico em março de 2011, com protestos contra o regime Assad, mas logo depois escalonaram para guerra civil. Depois, a guerra se espalhou para além das fronteiras sírias em países vizinhos, incluindo o Lìbano, onde facções que apoiam lados distintos da guerra síria entraram em confronto.


Fonte: IG