As Forças Armadas contam com tecnologia de ponta na
aviação de caça para garantir a segurança durante a Copa das
Confederações. Modernizados recentemente, os veteranos caças F-5M da
Força Aérea Brasileira (FAB) que farão a vigilância do espaço aéreo
durante a realização do evento são equipados com o sistema HMD - sigla
em inglês para Helmet Mounted Display, popularmente conhecido
como capacete com mira. Integrando informações do painel e de sensores
de armamentos diretamente na visão do piloto, o capacete permite que os
militares tomem decisões mais rapidamente em situação de conflito.
O HMD é dotado de uma unidade eletro-óptica que projeta
dados e imagens diretamente na viseira do capacete. Assim, a mira
acompanha a visão do piloto para onde quer que ele vire a cabeça. Na
prática, o equipamento permite que o piloto se concentre no que se passa
do lado de fora da aeronave e reduz a sua dependência em relação aos
instrumentos do painel, como os parâmetros do armamento, da velocidade e
da altura.
Antes do uso do HMD, era necessário apontar o nariz da
aeronave em direção ao alvo e evitar que o inimigo fizesse o mesmo.
Agora, não é mais necessário alterar a trajetória do avião, bastando
movimentar a cabeça e acompanhar a rota do inimigo. Ao "travar" a mira
em um alvo, o piloto recebe sinais visuais e de áudio e pode acionar o
botão de lançamento de mísseis.
Para que essa tecnologia funcione eficientemente é
preciso, antes, personalizar o equipamento - cada piloto deve ter um
capacete feito sob medida. A personalização exige uma etapa artesanal
demorada que inclui medidas, moldagem, revestimento, calibração e vários
testes. Toda a montagem é feita na Base Aérea de Canoas, na região
metropolitana de Porto Alegre.
"A partir do casco e das peças, nós montamos um HMD para
cada aviador", diz Paulo Ricardo Fabrício Maria, sargento especialista
em equipamento de voo. A precisão depende de um ajuste anatômico. "A
área espelhada na viseira onde as informações são projetadas é restrita,
assim o capacete não pode se deslocar durante o movimento da cabeça
porque o piloto pode perder algum dado", explica o suboficial Marco
Antonio Andrade de Souza.
Fonte: Terra
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