Em uma ação que não ocorria há meses, o Exército do país venceu ao menos três dias de batalha quase ininterrupta e empurrou as forças do M23 para longe de Goma.
"Estamos completamente fora da batalha entre as Forças Armadas do Congo e o M23. A ONU não está participando", diz o general brasileiro.
"Nós temos um mandato muito claro para proteger civis e defender Goma."
Porém, dentro da cidade o nível de tensão se elevou ao limite. Santos Cruz, que costuma se hospedar em um hotel (seu alojamento em uma base militar está em construção), onde a segurança era feita apenas por vigilantes do local, passou a ter guarda-costas armados 24 horas por dia. Ele não se distancia um minuto de sua pistola.
Segundo analistas, o cessar-fogo entre os capacetes azuis e o M23 se sustentará enquanto o grupo se mantiver em um processo de negociação de paz que ocorre em Uganda e não atacar civis ou a ONU.
Porém, a erupção do conflito entre os rebeldes e o governo congolês pode colocar em jogo as negociações de paz.
Força total
Embora sua atenção esteja voltada para o desenrolar da crise próxima a Goma, o general Santos Cruz não descarta realizar ações de força contra grupos rebeldes menores que operam na região de Beni, na mesma província, porém mais ao norte.
Na semana passada, as Forças Armadas Democráticas, um grupo armado que luta pela deposição do governo de Uganda a partir da selva congolesa, atacou uma vila próximo à fronteira entre os dois países. A ação fez 70 mil refugiados entrarem em Uganda para escapar do conflito.
Dias depois, em uma região próxima, um comboio formado por cerca de 30 militares da ONU de origem nepalesa foi emboscado na selva por cerca de 100 rebeldes. No tiroteio, dois capacetes azuis foram feridos e diversos rebeldes foram mortos, segundo fontes das Nações Unidas.
Embora não revele seu plano, o general deve determinar em breve alguma ação dos capacetes azuis contra grupos armados que operam nessa região. Se isso acontecer, as tropas da ONU devem seguir seu novo mandato e não economizar armas e equipamentos para atacar os rebeldes.
"Estamos completamente fora da batalha entre as Forças Armadas do Congo e o M23. A ONU não está participando", diz o general brasileiro.
"Nós temos um mandato muito claro para proteger civis e defender Goma."
Porém, dentro da cidade o nível de tensão se elevou ao limite. Santos Cruz, que costuma se hospedar em um hotel (seu alojamento em uma base militar está em construção), onde a segurança era feita apenas por vigilantes do local, passou a ter guarda-costas armados 24 horas por dia. Ele não se distancia um minuto de sua pistola.
Segundo analistas, o cessar-fogo entre os capacetes azuis e o M23 se sustentará enquanto o grupo se mantiver em um processo de negociação de paz que ocorre em Uganda e não atacar civis ou a ONU.
Porém, a erupção do conflito entre os rebeldes e o governo congolês pode colocar em jogo as negociações de paz.
Força total
Embora sua atenção esteja voltada para o desenrolar da crise próxima a Goma, o general Santos Cruz não descarta realizar ações de força contra grupos rebeldes menores que operam na região de Beni, na mesma província, porém mais ao norte.
Na semana passada, as Forças Armadas Democráticas, um grupo armado que luta pela deposição do governo de Uganda a partir da selva congolesa, atacou uma vila próximo à fronteira entre os dois países. A ação fez 70 mil refugiados entrarem em Uganda para escapar do conflito.
Dias depois, em uma região próxima, um comboio formado por cerca de 30 militares da ONU de origem nepalesa foi emboscado na selva por cerca de 100 rebeldes. No tiroteio, dois capacetes azuis foram feridos e diversos rebeldes foram mortos, segundo fontes das Nações Unidas.
Embora não revele seu plano, o general deve determinar em breve alguma ação dos capacetes azuis contra grupos armados que operam nessa região. Se isso acontecer, as tropas da ONU devem seguir seu novo mandato e não economizar armas e equipamentos para atacar os rebeldes.
A ONU suspeita que muitos dos grupos armados operando no leste da RDC obtenham recursos com a venda de minerais para empresas estrangeiras. Muitas das milícias se estabeleceram próximo a jazidas e usam os lucros da venda para comprar armas.
A maioria desses grupos, chamados de Mai Mai, foram formados para autodefesa de determinadas etnias ou vilas contra ameaças estrangeiras ou rivais internos. As várias disputas étnicas presentes na região favoreceram a proliferação descontrolada desses grupos.
Segundo Santos Cruz, a dificuldade de diferenciar esses grupos armados da população civil será um grande desafio da ONU nos próximos meses. De acordo com o general, informações obtidas pela ONU dão conta que muitos desses grupos atuariam como gangues. Ou seja, seus participantes possuiriam outras atividades, mas em certas ocasiões se juntariam para cometer crimes.
Estrutura da ONU
O que Santos Cruz tenta mudar na atual missão na RDC é o próprio ritmo da operação. Eles diz querer respostas rápidas de seus comandantes para cada ação rebelde.
Mas fazer as engrenagens da ONU funcionarem não é tarefa fácil, especialmente em um país de dimensões continentais como a RDC.
Seus críticos afirmam que o general interpreta as relações entre os diversos grupos de forma simplista. Mas ele parece ignorar algumas alianças e relações entre determinados grupos armados de forma intencional. Classifica para seus comandados algumas das ações dos rebeldes não como atos políticos, mas criminosos.
Fonte: BBC
A maioria desses grupos, chamados de Mai Mai, foram formados para autodefesa de determinadas etnias ou vilas contra ameaças estrangeiras ou rivais internos. As várias disputas étnicas presentes na região favoreceram a proliferação descontrolada desses grupos.
Segundo Santos Cruz, a dificuldade de diferenciar esses grupos armados da população civil será um grande desafio da ONU nos próximos meses. De acordo com o general, informações obtidas pela ONU dão conta que muitos desses grupos atuariam como gangues. Ou seja, seus participantes possuiriam outras atividades, mas em certas ocasiões se juntariam para cometer crimes.
Estrutura da ONU
O que Santos Cruz tenta mudar na atual missão na RDC é o próprio ritmo da operação. Eles diz querer respostas rápidas de seus comandantes para cada ação rebelde.
Mas fazer as engrenagens da ONU funcionarem não é tarefa fácil, especialmente em um país de dimensões continentais como a RDC.
Seus críticos afirmam que o general interpreta as relações entre os diversos grupos de forma simplista. Mas ele parece ignorar algumas alianças e relações entre determinados grupos armados de forma intencional. Classifica para seus comandados algumas das ações dos rebeldes não como atos políticos, mas criminosos.
Fonte: BBC
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