Cientistas divulgaram nesta quinta-feira a descoberta do maior vírus já registrado. O Pandoravírus tem 1 mícron, maior do que bactérias parasitas. Além disso, seu genoma também é gigantesco, com 2,47 milhões de bases - mais do que muitos micro-organismos. A descoberta, afirmam pesquisadores, pode reabrir o debate sobre se esses seres fazem parte da árvore da vida. A descoberta foi publicada na edição online da revista especializada Science.
Os cientistas descobriram duas espécies de pandora, a maior no Chile, e outra na Austrália. Os vírus, ao contrário de outros seres, não têm a capacidade de sintetizar suas próprias proteínas e se reproduzir. Para isso, eles precisam de um hospedeiro e, por isso, muitos cientistas nas os consideram seres vivos.
Há 10 anos, os cientistas já haviam descoberto um vírus gigantesco, o mimivírus. O tamanho impressionou os pesquisadores que sugeriram uma teoria, controversa, de que esse ser é descendente de uma célula que perdeu parte de seus genes e se transformou em um parasita. Desde então, os estudiosos buscam outros vírus gigantes que possam dar embasamento e mais pistas para essa teoria.
"De acordo com esse cenário, procurar por vírus com genomas ainda maiores era uma maneira de voltar no tempo, de olhar mais de perto, mais cedo no ancestral postulado", diz Didier Raoult, da Universidade do Mediterrâneo, em Marseille, descobridor do mimivírus.
Os pandora, contudo, têm grandes diferenças com os demais vírus. Falta a eles o gene que cria uma cápsula ao redor do material genético. Além disso, seus genes são diferentes de todos aqueles conhecidos em outros seres. "A falta de similaridade pode indicar que são originários de uma célula primitiva de uma linhagem totalmente diferente das bactérias, archaea e eucariontes", diz Jean-Michel Claverie, da Universidade de Marseille e um dos descobridores do pandoravírus.
O microbiólogos dividem a vida em três grande categorias. Contudo, para os cientistas, podemos ter que considerar agora a criação de novos domínios. "Estes vírus podem indicar não apenas a existência de um quarto domínio, mas também de um quinto, um sexto, etc", diz Raoult.
Para alguns pesquisadores, é cedo demais para rediscutirmos a árvore da vida, mas os vírus gigantes já justificariam a discussão. "O que a descoberta do pandoravírus e do mimivírus faz é deixar mais claro que os 'domínios' da vida são concepções arcaicas que fazem nada mais a não ser deixar os vírus fora de seu lugar de direito da mesa onde a história da vida é contada", diz Curtis Suttle, professor da Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá.
Fonte: JB
Os cientistas descobriram duas espécies de pandora, a maior no Chile, e outra na Austrália. Os vírus, ao contrário de outros seres, não têm a capacidade de sintetizar suas próprias proteínas e se reproduzir. Para isso, eles precisam de um hospedeiro e, por isso, muitos cientistas nas os consideram seres vivos.
Há 10 anos, os cientistas já haviam descoberto um vírus gigantesco, o mimivírus. O tamanho impressionou os pesquisadores que sugeriram uma teoria, controversa, de que esse ser é descendente de uma célula que perdeu parte de seus genes e se transformou em um parasita. Desde então, os estudiosos buscam outros vírus gigantes que possam dar embasamento e mais pistas para essa teoria.
"De acordo com esse cenário, procurar por vírus com genomas ainda maiores era uma maneira de voltar no tempo, de olhar mais de perto, mais cedo no ancestral postulado", diz Didier Raoult, da Universidade do Mediterrâneo, em Marseille, descobridor do mimivírus.
Os pandora, contudo, têm grandes diferenças com os demais vírus. Falta a eles o gene que cria uma cápsula ao redor do material genético. Além disso, seus genes são diferentes de todos aqueles conhecidos em outros seres. "A falta de similaridade pode indicar que são originários de uma célula primitiva de uma linhagem totalmente diferente das bactérias, archaea e eucariontes", diz Jean-Michel Claverie, da Universidade de Marseille e um dos descobridores do pandoravírus.
O microbiólogos dividem a vida em três grande categorias. Contudo, para os cientistas, podemos ter que considerar agora a criação de novos domínios. "Estes vírus podem indicar não apenas a existência de um quarto domínio, mas também de um quinto, um sexto, etc", diz Raoult.
Para alguns pesquisadores, é cedo demais para rediscutirmos a árvore da vida, mas os vírus gigantes já justificariam a discussão. "O que a descoberta do pandoravírus e do mimivírus faz é deixar mais claro que os 'domínios' da vida são concepções arcaicas que fazem nada mais a não ser deixar os vírus fora de seu lugar de direito da mesa onde a história da vida é contada", diz Curtis Suttle, professor da Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá.
Fonte: JB
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