O parceiro brasileiro do jornalista que publicou as informações vazadas
por Edward Snowden estava levando "material sensível" que poderia ser
perigoso para o público quando foi detido em Londres, disse nesta
quinta-feira (22) um advogado da polícia britânica.
David Miranda, companheiros do jornalista americano Glenn Greenwald, do
jornal britânico "Guardian", foi interrogado por nove horas no domingo
no aeroporto de Heathrow, antes de ser libertado sem acusações.
O incidente gerou pedidos de esclarecimentos, ao governo britânico,
sobre os motivos de a lei britânica antiterrorismo ter sido usada para
deter o brasileiro.
Miranda, que estava em trânsito de Berlim para o Rio de Janeiro, foi
libertado, mas seu laptop, seu telefone e seus cartões de memória foram
retidos.
Seu advogado apelou para que as autoridades fossem impedidas de examinar qualquer informação que estivesse nesses itens.
Em audiência no Tribunal Superior de Londres, Jonathan Laidlaw,
representante legal da polícia, disse que os agentes estavam examinando
"dezenas de milhares de páginas" de material digital que estava com
Miranda.
"O que foi inspecionado contém, na visão da polícia, material altamente
sensível cuja publicação seria altamente prejudicial à segurança
pública, e então a polícia iniciou uma investigação criminal", disse
Laidlaw.
Do G1
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