Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida
pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra. A teoria foi
apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e
Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em
Florença, na Itália.
Do Terra
O professor Steve Benner, do Instituto Westheimer para a Ciência e a
Tecnologia, nos EUA, é um dos especialistas a acreditar que um elemento
que se crê ser crucial para o início da vida só estaria disponível na
superfície marciana. Estas "sementes da vida" teriam então chegado à
Terra em meteoritos resultantes de impactos fortes ou erupções
vulcânicas em Marte.
"As provas parecem ser cada vez mais fortes de que na realidade somos
todos marcianos. Que a vida começou em Marte e veio para a Terra numa
rocha", afirmou, na conferência Goldschmidt, que decorre entre 25 a 30
de agosto em Florença, Itália.
"É uma sorte termos acabado aqui, uma vez que a Terra é, sem dúvida, o
melhor dos dois planetas para manter a vida. Se os nossos hipotéticos
antecessores marcianos tivessem ficado em Marte, poderia não haver
história para contar", sublinha.
A "semente da vida" a que Benner se refere é o elemento molibdénio,
considerado um catalisador que terá ajudado a evolução de moléculas
orgânicas para as primeiras formas de vida.
"Esta forma de molibdénio não existia na Terra na altura que a vida
começou, porque há três mil milhões de anos a superfície da Terra tinha
muito pouco oxigénio, mas Marte tinha", acrescenta.
Do Visão
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