A Darpa, Agência de Pesquisas de Projetos Avançados de Defesa dos Estados Unidos, anunciou o desenvolvimento de uma nova fibra ótica, que consegue aumentar a transmissão de dados em cerca de 30% sobre o padrão tradicional deste tipo de conexão. É a primeira fez que a fibra de cristal fotônico é fabricada nos Estados Unidos e suas características são mais evoluídas do que a das concorrentes.

Com esta tecnologia, o design no formato de teia de aranha e as forças dos cristais fazem com que a luz viaje por canais de ar, ao invés de ter vidro ao seu redor, o que permite que o carregamento da informação alcance velocidades somente 0,3% mais lentas do que a velocidade da luz. O conceito já existe há algum tempo e a fibra “oca”, como é chamada, se tornou alvo de pesquisas de muitas empresas.
O padrão desenvolvido pela Darpa, a princípio, está sendo desenvolvido apenas para uso militar. Mas ainda não está descartada sua utilização também em áreas comerciais. No início do ano, estudiosos do Centro de Pesquisa Optoeletrônica da Universidade de Southampton, na Inglaterra, deram a primeira demonstração da fibra no Reino Unido.
“Instalações anteriores desta fibra mostraram a velocidade, mas sem combiná-la com propriedades que a tornassem útil para aplicativos militares. O grande diferencial desta nova fibra é que ela mantém a polarização e disponibiliza pouca perda, mantendo mais de 99% da transferência de dados pelo ar", explicou o gerente de programas da Darpa, Josh Conway.  Ele informou ainda que a agência está trabalhando para integrar a tecnologia a um giroscópio, mas que a fibra por si só já é revolucionária.