O grande objetivo é saber mais sobre a
lua, já que a composição da sua atmosfera ultra-fina ainda é um
mistério. “Há boas razões para estarmos interessados no pó que se
encontra na superfície lunar. [A lua] é o sítio ideal para fazer
observações astronómicas”, explica Brian Day, porta-voz da NASA.
Apesar de poder parecer apenas pó, estes
detritos lunares são muito especiais: “não vais querer respirá-los.
Eles podem meter-se nas juntas do teu fato espacial e agarrar-se a
qualquer tipo de instrumento”, dificultando uma missão. Por isso é que o trabalho de recolha do pó lunar vai ficar a cargo do LADEE (Lunar Atmospheric and Dust Environment Explorer), uma pequena nave com cerca de 700 quilos.
A análise deste pó poderá explicar
várias características lunares conhecidas desde a década de 60. Na
época, os cientistas acreditavam que o espaço à volta da lua se
encontrava vazio, mas novas observações mostraram a presença destes
detritos quando o sol se encontrava mesmo abaixo do horizonte lunar. Estes detritos “capturam uns brilhos fascinantes”.
De acordo com Brian Day, “se o céu lunar estivesse vazio, não se veria
este brilho. Não haveria nada para refletir a luz na câmara. Há algo
acima da superfície da lua que capta a luz do sol”.
A viagem do LADEE até à lua deverá levar um mês. A nave irá depois passar cerca de 100 dias a orbitar à volta do astro e a recolher amostras antes de regressar à Terra.
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