O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta segunda-feira (26) que o uso de armas químicas na Síria foi "real e convincente" e baseado em fatos.

"Foram utilizadas armas químicas na Síria", disse o secretário de Estado, John Kerry, em declarações transmitidas pela televisão, considerando. "O que vimos na Síria na semana passada deveria atingir a consciência do mundo."
Segundo o principal diplomata dos EUA, o uso de armas químicas, denunciado pela oposição síria, ocorreu em "larga escala" e de maneira "indiscriminada".
O diplomata afirmou que o ataque foi "indesculpável" e "inegável", acrescentando que existe uma razão clara para o fato de a comunidade internacional ter banido inteiramente as armas químicas e que o presidente americano, Barack Obama, acredita que os culpados devem ser responsabilizado.

A oposição síria acusa o regime Assad de ter atacado com armas químicas a periferia da capital, Damasco, provocando 1.300 mortos, muitas delas de civis.
O governo sírio nega a autoria e afirma que a situação foi criada.
A denúncia e sua repercussão mundial fizeram as potências ocidentais, EUA inclusive, começarem a falar em intervenção militar na guerra civil da Síria, que já dura mais de dois anos, provocou mais de 100 mil mortes e gera uma crise humanitária, de refugiados e política na região.
Mas Rússia e China, aliadas da Síria com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, são contrárias a qualquer intervenção.
A proibição de armas químicas, definida em uma convenção internacional de 1993, é uma das mais fortes do direito internacional, junto com genocídio e tortura.
A Síria é um dos poucos países a não ter assinado a Convenção sobre a Interdição de Armas Químicas e não é membro da Organização encarregada de controlar a sua aplicação, a OIAC, mas isso não a exime de cumprir com o banimento desse tipo de armamento.

Do G1