A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou nesta
quarta-feira, 5, uma resolução para a intervenção militar na Síria. O
projeto, aprovado por 10 votos a 7, dá a autorização para o presidente
Barack Obama realizar uma ação militar limitada, sem enviar tropas
americanas ao território sírio ou ultrapassar 90 dias de ataque.
O texto modifica a proposta enviada pelo presidente americano no
sábado, quando ele anunciou que buscaria autorização do Congresso,
depois de quase uma semana de movimentação que indicava uma ação
iminente. Além do limite de tempo e da proibição de tropas, a proposta
de resolução aprovada também exige que o governo apresente ao Congresso
sua estratégia para que uma "solução política" seja alcançada na Síria.
O texto terá que ser votado pelo plenário do Senado na próxima semana, quando acaba o recesso parlamentar.
Obama justifica que uma ação na Síria é essencial para impedir que
armas químicas sejam usadas novamente. Washington afirma ter provas de
que o governo do presidente sírio, Bashar Assad, usou gás sarin no
ataque de 21 de agosto, no qual 1.429 pessoas morreram.
Essa foi a primeira vez que legisladores votaram por autorizar uma
ação militar desde outubro de 2002, quando o presidente George W. Bush
foi autorizado a invadir o Iraque.
Na Câmara, está em andamento audiência pública na Comissão de
Relações Exteriores com os secretários de Estado, John Kerry, de Defesa,
Chuck Hagel, e o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general
Martin Dempsey.
Número considerável de parlamentares dos partidos Democrata e
Republicano levantam dúvidas sobre a eficácia da ação pretendida por
Obama e os riscos que ela envolve, entre os quais uma possível reação de
Assad que pode arrastar os americanos para a guerra civil síria.
Do Estadão
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