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Em resposta a essas revelações, o
Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador dos Estados
Unidos, Thomas Shannon, para dar explicações. A reunião em Brasília
durou cerca de meia hora, disseram à Agência Efe fontes diplomáticas e
Shannon saiu sem falar com a imprensa.
Dilma também chamou alguns ministros
para tratar do assunto, em reuniões que não estavam previstas em sua
agenda inicial. Carvalho, por sua vez, deixou um ato oficial para
responder à convocação da presidente e não quis dar mais detalhes aos
jornalistas.
Estavam presentes os ministros da
Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Gabinete de Segurança Institucional,
general José Elito. Dilma também se reuniu em outro momento com
Cardozo, e com os titulares de Defesa, Celso Amorim; Comunicações, Paulo
Bernardo, e outros membros do gabinete.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Congresso, Nelson Pellegrino, considerou as denúncias “gravíssimas”.
“Caso se confirme que a presidente foi
espionada, estaremos diante de um episódio inaceitável de violação da
soberania nacional”, disse Pellegrino, que se propôs a debater o assunto
na próxima reunião da Comissão.
As novas denúncias foram formuladas pela
“Rede Globo”, que ontem afirmou que, segundo documentos vazados pelo
ex-analista da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) Edward
Snowden, Dilma e o presidente do México, Enrique Peña Nieto, foram
espionados por esse órgão de inteligência.
Segundo a “Globo”, os sistemas
utilizados pela NSA permitiram aos serviços de inteligência dos Estados
Unidos conhecer o conteúdo de conversas telefônicas e e-mails trocados
por Dilma com dezenas de assessores.
No entanto, no caso do Brasil, os documentos não substituem o conteúdo da informação à qual se teve acesso.
No caso de Peña Nieto, a espionagem
eletrônica começou quando ele ainda era candidato a presidente, e
continuou depois de ganhar as eleições de 2012, o que permitiu à NSA
saber os nomes de alguns ministros antes mesmo de sua nomeação oficial.
Os documentos foram obtidos com Snowden
por Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico “The Guardian”, que
mora no Rio de Janeiro e cujo companheiro, o brasileiro David Miranda,
foi detido em Londres pela polícia britânica há 15 dias, o que causou um
incidente entre Brasil e Reino Unido.
Após as primeiras denúncias de
espionagem, Brasil e Estados Unidos iniciaram um “diálogo bilateral” a
respeito, o que levou Cardozo na semana passada a Washington para
conhecer o alcance da atuação dos serviços americanos.
O ministro da Justiça se reuniu com o
vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com a assessora de
assuntos contra terrorismo, Lisa Mónaco, e com o chefe do Departamento
de Justiça, Eric Holder. Após a visita, Cardozo disse que as explicações
não foram “suficientes”.
O secretário de Estado americano, John
Kerry, em visita oficial ao Brasil, declarou “entender” as queixas, mas
afirmou que as atividades dos serviços de inteligência americanos são
“legais e necessárias para garantir a segurança global”.
Do Terra
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