A Agência Aeroespacial do Japão conseguiu neste sábado (14), após
várias tentativas fracassadas, fazer o lançamento do foguete Epsilon-1,
que leva a bordo o primeiro telescópio espacial de observação planetária
remota. O lançamento do foguete aconteceu com sucesso às 14h locais (2h
de Brasília) no Centro Espacial de Uchinoura, em Kagoshima, no sudoeste
do país.
Com o Epsilon-1, o Japão vai colocar em órbita o telescópio Sprint-A, o
primeiro satélite de observação remota de planetas como Vênus, Marte e Júpiter
desde a órbita da terra.
No dia 27 agosto, quando foi feita a última tentativa fracassada, o
sistema realizou um parada automática de emergência poucos segundos
antes do lançamento, devido a um problema com a inclinação do foguete.
Uma semana antes, havia sido cancelada a primeira tentativa por
problemas no sistema de cabos da equipe de comunicação.
"O telescópio representará uma revolução na indústria" espacial,
assegurou então Yasuhiro Morita, encarregado do lançamento, em
comunicado divulgado pela JAXA, que comemora seu décimo aniversário este
ano.
O custo do lançamento do Epsilon chega a 5,3 bilhões de ienes (US$ 54
milhões), quase a metade dos custos do modelo HII-A, mas a agência
acredita que ainda pode reduzir mais, para até 3 bilhões de ienes (US$
30 milhões).
O último lançamento espacial japonês aconteceu no início de agosto,
após a decolagem de um foguete HII-B em direção à Estação Espacial
Internacional (ISS), com o objetivo de transportar equipamentos para a
base, entre eles dois satélites.
O Japão desenvolve desde 2003 um intenso programa espacial que, baseado
em sua tecnologia pioneira, está focado na exploração dos planetas e
asteroides.
Do UOL
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