O Itamaraty vai trabalhar para tentar garantir que o relacionamento entre Brasil e EUA na área econômica não seja afetado pelo cancelamento da visita de Estado que Dilma Rousseff faria ao país.
A atitude, anunciada por Dilma nesta terça-feira, foi tomada em represália às suspeitas de espionagem do governo americano contra autoridades brasileiras, incluindo a própria presidenta.

Uma das alternativas, que já vinha sendo pensada, é usar a visita de Dilma Rousseff a Nova York para a Assembleia Geral ONU, na semana que vem, para reunir a presidente com empresários, mantendo aberto o canal com o governo.

Os grupos de negociação entre os dois países continuam trabalhando, mesmo que em ritmo mais lento, para tentar demonstrar que não há abalo na relação bilateral.

No entanto, temas mais sensíveis, como a licitação para a compra de caças para a Força Área Brasileira, podem ser afetados. A Boeing, com o seu F-18, é uma das finalistas e conta com a pressão das autoridades americanas.


NOTA: Na minha opinião tanta preocupação em afastar o F-18 da "agenda" é exatamente porque ele era o "centro da agenda". O que se pretende é afastar o momento ruim para se anunciar depois a compra do caça.