O porta-aviões chinês "Liaoning" atracou nesta sexta-feira pela primeira vez em uma base militar no Mar da China
Meridional, onde o país asiático mantém reivindicações territoriais com
países vizinhos e no meio de um aumento das tensões regionais.
Segundo a agência oficial "Xinhua", o "Liaoning" partiu na terça-feira
do porto oriental de Qingdao, cruzou ontem o estreito de Formosa e
chegou hoje à base de Sanya, na província chinesa de Hainan.
Em sua primeira missão fora de sua base original no Mar Amarelo, o
porta-aviões está acompanhado pelos contratorpedeiros "Shenyang" e
"Shijiazhuang" e pelas fragatas "Yantai" e "Weifang".
A viagem da pequena frota acontece durante o aumento das tensões
regionais, depois que a China anunciou a ampliação de sua zona de defesa
aérea, que passou a incluir as ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo
Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim há décadas.
Em sua viagem a Hainan, o "Liaoning" cruzou o Mar da China Oriental, onde ficam as ilhotas Diaoyu/Senkaku.
No Mar da China Meridional, Pequim também mantém reivindicações
territoriais, neste caso pelos arquipélagos Spratly e Paracel, disputado
com Vietnã, Filipinas e outras nações do sudeste asiático.
Tanto no caso das Diaoyu/Senkaku, como nas ilhas meridionais, o
conflito esconde interesses econômicos, pois se acredita na existência
de ricas reservas de petróleo e gás nas águas próximas dos
arquipélagos.
Da Exame
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