Você já deve ter acompanhado a atuação
da Força Aérea Brasileira no combate aos incêndios florestais ocorridos
no Chile, não é mesmo? Sabia que antes do lançamento da água para conter
as chamas, muitas ações são realizadas, que vão desde os preparativos
da aeronave no Brasil, até o acionamento do sistema de combate ao
incêndio? E que, além disso, a fumaça produzida nesses casos acaba
prejudicando não só o meio ambiente, mas também o tráfego aéreo? O post dessa semana é sobre tudo isso. Quer saber mais? Vem com a gente!
Pra começar,
esta ação, considerada uma cooperação internacional, foi fruto de um
pedido da embaixada chilena ao Ministério das Relações Exteriores do
Brasil. A partir daí, o Ministro da Defesa, Celso Amorim, autorizou o
envio de aeronaves para ajudar a combater os focos de incêndio no sul do
Chile. Neste caso, o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) foi contactado
e acionou o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), que por sua vez
entrou em contato com a Quinta Força Aérea (V FAE), responsável pela
aviação de transporte. Finalmente, o Primeiro Grupo de Transporte de
Tropa (1º GTT) recebeu a missão de apoio àquele País.
Dessa forma, duas aeronaves C-130
Hércules do 1º GTT decolaram na manhã do último domingo (19/01) da Base
Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro, rumo à Concepción, a segunda
cidade mais povoada do Chile.
A equipe é composta por pilotos, mecânicos e pessoal de apoio,
totalizando 30 militares. Inicialmente, foram realizadas reuniões para
conhecimento do terreno com a brigada contra-incêndio chilena e com a Corporacion Nacional Forestal
(CONAF). “Estamos operando em uma região muito montanhosa. A presença
de nuvens baixas tem dificultado nosso acesso a algumas áreas”, afirma o
Capitão Thomas Rodrigues de Oliveira, um dos pilotos que integra a
equipe, conforme entrevista concedida à Agência Força Aérea.
Após esta fase, uma das aeronaves, equipada com o sistema de combate a incêndios, conhecido como MAFFS (siga em inglês de Modular Airbone Fire Fighting System),
realiza o sobrevoo, a baixa altura, despejando até 10.400 litros de
água de uma só vez. “Quando lançamos a água, a temperatura do solo
diminui, e então a brigada de incêndio pode atuar no combate ao fogo”,
explicou o Major Rogério Vieira Maciel Junior, do 1º Grupo de Transporte
de Tropa, do Rio de Janeiro (RJ). Saiba mais.
O MAFFS já foi utilizado outras vezes no Brasil. A FAB atuou no combate
nos incêndios no Distrito Federal, em 2012, e na Chapada Diamantina, em
2011. Veja aqui a atuação da FAB no DF. O Equador também recebeu ajuda do Brasil, em 2012.
Sobre o incêndio no Chile
No início de janeiro, o incêndio no sul
do Chile já tinha devastado mais de 400 km2 de área florestal, o
equivalente a 250 vezes o tamanho do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
A região de Bío-bío, na Província de Concepción, foi a mais afetada
pelas chamas. O local mais crítico fica distante apenas 500 km de
Santiago, o que levou a capital do país a sofrer com a fumaça gerada
pelas queimadas. Pela gravidade da situação, o governo do Chile decretou “alerta sanitário”
em regiões atingidas. Ao longo do mês, o incêndio ganhou força com os
ventos e as altas temperaturas registradas no sul do país. Além da
região de Bío-Bío, o Parque Nacional Torres Del Paine, na Patagônia,
teve 13.000 hectares devastados em um incêndio já controlado. De acordo
com reportagem do site G1,
houve um aumento de 16% nos incêndios no Chile. Pela dificuldade de
combater as chamas em Bío-bío, os C-130 Hércules, da Força Aérea
Brasileira, foram enviados para aquela região. Veja ao lado a região
atingida.
A preocupação com a fumaça em Santiago faz sentido. Além dos danos ao
meio ambiente, as queimadas podem afetar o tráfego aéreo na capital do
Chile. No informativo NOTAER,
o Coronel Aviador Fábio Almeida Esteves afirma que os problemas
causados pela fumaça das queimadas podem chegar aos produzidos pelos
nevoeiros. Em épocas de pouca chuva e ventos, a densidade da fumaça
aumenta dia após dia, o que reduz a visibilidade. Diante deste quadro,
os pousos e decolagens nos aeroportos podem ser interrompidos em
períodos do dia e as empresas aéreas também podem tomar a decisão de
interromper a operação para os destinos com pouca visibilidade. Se a
aeronave estiver em rota, terá que voltar ao aeroporto de origem ou
“alternar” em um aeródromo mais próximo.
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