Um estudo realizado por dois especialistas em segurança revelou um
lado pouco explorado das técnicas de espionagem. De acordo com as
conclusões de Ashkan Soltani e Kevin Bankston, o rastreamento de
telefones celulares é o método mais barato de vigilância, custando pouco
mais de US$ 5 por hora para ser realizado.
A pesquisa fez uma
comparação entre quatro tipos de espionagem discreta utilizados hoje
pelas agências de segurança, como polícia e órgãos governamentais. Em
segundo lugar está o rastreamento de informações de GPS, custando cerca
de US$ 10 a hora e exigindo equipamentos mais sofisticados.
Em
terceiro lugar aparece um método muito conhecido de quem assiste a
filmes de ação, a busca por sinais sonoros, em que um equipamento é
colocado no carro do suspeito e emite uma frequência recebida por uma
antena. Aqui, o custo é de US$ 113, por envolver mais tecnologia e
também a necessidade de um acompanhamento mais próximo.
Por
último, como já era de se esperar, está a perseguição plena, onde vários
agentes e carros acompanham os passos de um suspeito sem que ele
perceba estar sendo observado. O valor registrado foi de US$ 275 a hora,
com os pesquisadores lembrando ainda dos riscos envolvidos e da
possibilidade de problemas, custos que não são financeiros mas também
acabam sendo levados em conta.
A pesquisa foi publicada pelo Yale Law Journal
e leva em conta fatores como o salário dos agentes e especialistas
envolvidos em cada tipo de espionagem, o preço de aquisição e manutenção
dos equipamentos exigidos. Em alguns casos, outros aspectos também
foram levados em conta, como a gasolina necessária para o uso de
veículos.
Ao final, os especialistas levantam a questão de que,
com os custos de vigilância se aproximando do zero, podem aumentar os
casos de espionagem a cidadãos inocentes. Como as leis não estão
preparadas para lidar com esse tipo de situação, o que acaba acontecendo
são violações à privacidade e uma paranoia constante entre a população.
0 Comentários