O governo argentino denunciou neste sábado a "prepotência" do Reino Unido na disputa que mantêm pela soberania das ilhas Malvinas, depois que um alto cargo do Executivo britânico advertiu que a política argentina "está condenada ao fracasso". "O que a história da humanidade mostra é que o que está destinado ao fracasso não é a luta dos povos por defender sua integridade territorial mas a prepotência colonial", disse o secretário de Assuntos Relativos às ilhas Malvinas da Chancelaria argentina, Daniel Filmus.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKpjbDgP10GRCwkm6rt2dY_Jr8CGSeiDUwy7QFjk5CN0HGzTNtoD4TO52YFS2uYT1m7jqlMbu72D2wEni_3ja0TGSERwNVHePc4XIEiXC21SPg7xRQMhOEsTrKDF2hxklkRLx-Sa4h8eFV/s1600/Malvinas-30-anos-despues2.jpgEm comunicado divulgado pela Chancelaria, Filmus afirmou que "basta comparar o mapa dos domínios coloniais britânicos obtidos graças à escravidão e armas dos inícios do Século XX e o mapa atual onde só restam 17 casos de colonialismo, dez dos quais são dominados pelo Reino Unido". O funcionário argentino denunciou que o Governo britânico rejeita o mandato das Nações Unidas para buscar uma solução pacífica para o conflito.
Além disso, questionou que Londres rejeita agora negociar enquanto "participou do diálogo bilateral com a Argentina por esta questão entre os anos 1966-1982, ainda quando ditaduras sangrentas governavam o país". As declarações de Filmus respondem às feitas pelo ministro de Estado britânico para a América Latina, Hugo Swire, que visitará o arquipélago.
Em sua mensagem aos habitantes das Malvinas, Swire manifestou que o Governo britânico quer se sentar com o argentino para "falar de uma série de temas concretos relativos ao Atlântico Sul", mas ressaltou que "estas reuniões não podem, não devem e não vão excluir o Governo das ilhas Malvinas", algo que é rejeitado pelo Executivo de Cristina Kirchner, que não reconhece os ilhéus como terceira parte em conflito.

Do Terra