O avião desaparecido na semana passada registou várias mudanças na altitude e de rumo antes de deixar de transmitir a sua posição, diz o The New York Times. Hoje, o primeiro-ministro da Malásia disse que tudo indica que o desvio da rota foi premeditado.

O jornal revela que o avião da Malaysia Airlines, pouco depois de ter desaparecido dos radares civis, realizou uma mudança brusca de rumo para Oeste e subiu a 45 mil pés (13.725 metros), bem acima do limite autorizado para os Boeing 777-200, segundo os dados dos radares militares da Malásia.
Depois, o avião desceu até os 23 mil pés (7 mil metros), enquanto se aproximava da ilha malásia de Penang. Nesse local, o avião subiu outra vez e mudou novamente de rumo, dirigindo-se para noroeste, na direção da península de Malaca e do Oceano Índico.
O último dado dos radares militares mostra que o avião voava a uma altitude de 29.500 pés (9 mil metros) a umas 200 milhas ao noroeste de Penang com rumo às ilhas Andaman, no Índico.
As autoridades da Malásia já partilharam a avaliação preliminar destes dados com os Estados Unidos e a China. O avião deixou de transmitir a sua posição cerca de 40 minutos após a descolagem.
O The New York Times questiona porque razão os militares da Malásia não responderam de imediato à emergência uma vez que já existia um alerta sobre o desaparecimento do avião civil e já havia registo de movimentos irregulares nos seus radares.
Hoje, o primeiro-ministro da Malásia, Najid Razak, disse que todos os dados recolhidos permitem concluir, com um elevado grau de certeza, que o desvio da rota foi premeditado e que o voo continuou, muito tempo depois de desativados os meios de comunicação do aparelho.

Do TSF