A
Índia usou sensores de calor nesta sexta-feira em voos sobre centenas
de ilhas não habitadas do Mar de Andaman e expandirá sua busca pelo
Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido no dia 8 ainda mais para o
oeste, para a Baía de Bengala, disseram autoridades.
Dois aviões de reconhecimento da Força Aérea indiana voaram
sobre as ilhas de Andaman e de Nicobar depois de terem, juntamente com
dois navios e duas embarcações da guarda costeira, vasculhado as águas
ao redor sem encontrar sinais do avião, de acordo com Harmit Singh, que
comanda os três serviços da Índia no território.
A hipótese de que
o avião poderia ter pousado no arquipélago surgiu após análises de
radar terem revelado, segundo a Reuters, a possibilidade de que a
aeronave não voou cegamente a noroeste da Malásia. Citando fontes não
identificadas familiarizadas com a investigação, a agência de notícias
britânica diz que quem quer que estivesse pilotando o jato desaparecido
seguia pistas de navegação que o teria levado às Ilhas Andaman.
Dados
do radar não mostram o trajeto da aeronave sobre as ilhas, mas apenas
uma rota conhecida que leva até lá, disseram fontes à Reuters. A teoria
baseia-se em informações anteriores de autoridades dos EUA, que disseram
que o sistema de informação automatizado do avião foi detectado por
satélites horas após o último contato relatado por controladores de
tráfego aéreo. Isso faz com que alguns investigadores acreditem que o
avião tenha voado por horas antes de realmente ter desaparecido.
O arquipélago controlado pela Índia que vai até o sul de
Mianmar contém 572 ilhas cobrindo cobrindo uma área de 720 por 52 km.
Apenas 37 delas são habitadas, com o resto sendo coberta por florestas
densas. A cadeia de ilhas tem quatro pistas, mas apenas o principal
aeroporto em Port Blair pode lidar com um grande jato comercial.
Especialistas
em aviação dizem que é provável que alguém possa ter sequestrado e
derrubado o gigante Boeing 777 sem ser detectado. Mas Denis Giles,
editor do jornal Andaman Chronicle, diz que não há nenhum lugar onde um
avião grande como aquele possa ter pousado em um arquipélago sem atrair
atenção. “Não há chance, nenhuma chance, que qualquer aeronave desse
porte possa pousar em Andaman e Nicobar", disse.
Como
não houve nenhum progresso até agora, as autoridades malaias sugeriram
nesta sexta-feira uma nova área de busca de 9 mil km² ao longa da costa
de Chennai na Baía de Bengala, disse em uma declaração o Ministério da
Defesa da Índia. A busca será realizada pelo comando naval oriental da
Índia, disse a declaração.
A aeronave com 239 pessoas a bordo
desapareceu há quase uma semana quando voava de Kuala Lumpur, na
Malásia, para Pequin, na China. O desaparecimento do avião tem sido um
dos maiores mistérios da história da aviação. Autoridades ainda não
sabem onde o avião está ou o que fez com que ele desaparecesse.
Do IG
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