A agência de espionagem da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira (4) que a Coreia do Norte
está utilizando tecnologia russa para desenvolver armas de pulso
eletromagnético que teriam por objetivo paralisar equipamentos
eletrônicos militares ao sul da fronteira.
O Serviço de Inteligência Nacional (NIS) declarou em um relatório ao
Parlamento que o Norte comprou armamento de pulso eletromagnético (EMP)
russo para desenvolver suas próprias versões.
As armas EMP são utilizadas para provocar danos em equipamentos
eletrônicos. Em níveis de energia mais elevados, um evento EMP pode
provocar danos mais generalizados, atingindo estruturas de aeronaves e
outros objetos.
A agência de espionagem também informou que o líder do Norte, Kim Jong-un,
encara os ciberataques como uma arma para todos os fins, juntamente com
as armas nucleares e os mísseis, de acordo com os parlamentares
informados pelo NIS.
O Norte está tentando invadir smartphones e atrair os sul-coreanos para se tornarem informantes, segundo o documento.
Pyongyang reuniu informações sobre onde a Coreia do Sul
armazena substâncias químicas e reservas de petróleo, bem como detalhes
sobre metrôs, túneis e redes de trem nas grandes cidades, informou.
A agência de espionagem também declarou que espiões norte-coreanos estavam operando na China e no Japão para distribuir propaganda pró-Pyongyang.
Acredita-se que a Coreia do Norte tenha uma unidade de guerra cibernética de elite composta por 3.000 pessoas.
Um legislador sul-coreano, citando dados do governo, disse no mês
passado que o Norte havia realizado milhares de ataques cibernéticos
contra o Sul nos últimos anos, causando prejuízos financeiros de cerca
de US$ 805 milhões.
Além de instituições militares, os recentes ciberataques do Norte têm
como alvo bancos, agências governamentais, emissoras de TV e sites de
meios de comunicação.
A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento em ciberataques e acusou
Seul de fabricá-los para atiçar a tensão trans fronteiriça.
Do G1
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