Confirmou-se hoje a informação de que uma epidemia que já causou a
morte de 59 pessoas na Guiné, país do oeste africano, foi causada, ao
menos em parte, pelo vírus Ebola — um dos patógenos mais violentos a
infectar seres humanos, com uma taxa de letalidade de 90%.
Os casos da doença foram registrados em três cidades do sudeste e na
capital Conacri desde 9 de fevereiro. Há risco de que a epidemia se
espalhe para um país vizinho, Serra Leoa. Funcionários da Organização
Mundial de Saúde relatam que casos com sintomas semelhantes, como febre,
diarréia, vômitos e sangramento, foram registrados na região
de fronteira entre os dois países.

A detecção do Ebola foi feita por um laboratório em Lyon, na França.
Seis das 12 amostras enviadas para análise deram positivo nos testes,
segundo o Sakoba Keita, que lidera a divisão de prevenção de epidemias
no Ministério da Saúde da Guiné.
"Nem todos as mortes, contudo, são necessariamente causadas pelo
Ebola. Alguns podem ter outras origens, como uma forma severa de
disenteria", disse Keita.
Ebola — O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, na atual
República Democrática do Congo, tendo recebido este nome por causa do
rio Ebola, um afluente do rio Congo. O vírus literalmente dissolve os
órgãos internos dos doentes, que perdem sangue até pelos olhos e ouvidos
e acabam, em geral, por morrer de choque ou parada cardíaca.
A doença, altamente contagiosa, é transmitida entre humanos através
do contato com sangue, secreções ou outros fluidos corporais. Ao longo
das décadas, República Democrática do Congo, Uganda e Sudão do Sul
relataram o maior número dos casos.
De Veja
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