Autoridades do Vietnã anunciaram nesta quinta-feira (13) que seus aviões
não encontraram eventuais destroços do avião malaio desaparecido, na
região apontada por um satélite chinês por conter grandes "objetos
flutuantes" que poderiam corresponder ao Boeing 777 da Malaysia
Airlines. As buscas pela aeronave entraram no sexto dia.
"Esta manhã enviamos dois aviões AN-26 para inspecionar as zonas
marítimas próximas da ilha de Con Dao, onde três objetos 'suspeitos'
foram detectados por um satélite chinês. As aeronaves retornaram sem ter
encontrado nada", declarou Dinh Viet Thang, vice-diretor da Aviação
Civil vietnamita.
A China anunciou que um de seus satélites de observação havia detectado
três grandes "objetos flutuantes" em uma zona marítima na qual o Boeing
poderia ter caído.
A China anunciou na quarta-feira que um de seus satélites detectou três
"objetos flutuantes" de certo volume em uma zona marítima na qual
poderia ter desaparecido o Boeing da Malaysia Airlines.
Os objetos flutuantes foram detectados em alto mar, a 105,63 graus de
longitude leste, e 6,7 graus de latitude norte, segundo o site da
agência chinesa.
As autoridades também enviaram um avião de reconhecimento para a zona, mas por enquanto não declararam ter encontrado nada.
Horas de voo
Segundo o jornal "The Wall Street Journal", o avião da Malaysia
Airlines pode ter voado por cerca de quatro horas depois do de ter
perdido contato com os radares, informaram investigadores americanos.
A estimativa se baseia em "informações enviadas automaticamente do motor do Boeing 777-200", explicaram as fontes à publicação.
O ministro do Transporte da Malásia, Hishamuddin Hussein, disse nesta quinta que os relatos não são verdadeiros.
Segundo o jornal americano, o fabricante do motor do avião, a
Rolls-Royce, recebe automaticamente os dados de altitude e velocidade
das aeronaves como parte de seus acordos de manutenção com a companhia
aérea.
Os investigadores analisam agora esses dados para determinar para onde
se dirigiu o avião depois que foi perdido o contato com ele, de acordo
com as fontes consultadas pelo "WSJ".
Segundo suas estimativas, se o avião voou por mais quatro horas depois
que sumiu dos radares, pode ter percorrido uma distância adicional de
2,2 mil milhas náuticas, o que lhe permitiria alcançar pontos como o
Oceano Índico, a fronteira com o Paquistão ou o Mar Arábico.
Uma das hipóteses ventiladas pelos investigadores é que uma ou várias
das pessoas que estavam a bordo pudessem mudar o rumo do avião "com a
intenção de usá-lo para outro propósito", explicaram as mesmas fontes.
Oficiais americanos informaram nesta quarta que os satélites espiões
dos Estados Unidos não detectaram sinais de explosão em voo por ocasião
do desaparecimento do Boeing da Malaysia Airlines.
O governo dos EUA já utilizou sua rede de satélites para detectar
sinais de calor relacionados a explosões de aviões, mas desta vez não
encontrou qualquer vestígio térmico, informaram os oficiais, que pediram
para não ser identificados.
A ausência de vestígios de explosão só aumenta o mistério sobre o que ocorreu com o voo MH370.
O Boeing 777, com 239 pessoas a bordo, de várias nacionalidades, a maioria chinesas, viajava entre Kuala Lumpur e Pequim quando desapareceu dos radares na madrugada de sábado (tarde de sexta-feira no horário de Brasília).
As buscas cobrem atualmente 27.000 milhas náuticas (quase 90.000
quilômetros quadrados, o que praticamente equivale à superfície de
Portugal). Doze países, incluindo Estados Unidos, China e Japão, participam nas operações, com navios, aviões e satélites.
Do G1
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