A missão de busca submarina do Boeing 777 malaio desaparecido rastreou 80%
da área onde se acredita que foi o destino final da aeronave sem
encontrar objetos "de interesse", informaram as autoridades que
coordenam as buscas nesta quarta-feira (23).
O submarino não tripulado Bluefin-21 concluiu na manhã de hoje sua
décima missão que se concentrou em um raio de dez quilômetros quadrados
onde foi detectado o sinal acústico que supostamente veio da caixa-preta
da aeronave, afirmou em comunicado o Centro de Coordenação de Agências
Conjuntas.
O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, declarou
que espera que o Bluefin termine de mapear o leito marinho da área de
buscas até o fim desta semana.
O Bluefin-21, que possui formato de torpedo, com cinco metros de
comprimento e capacidade para submergir até 4,5 mil metros de
profundidade, utiliza um sonar para criar uma imagem do fundo marinho
que depois é analisada por vários especialistas.
Durante o dia de hoje, 12 navios fazem as buscas em uma área de 37,948
quilômetros quadrados, dividida em três partes e a cerca de 855
quilômetros ao noroeste da cidade de Perth, no oeste da Austrália, em
missões de rastreamento visual na busca por partes da fuselagem do
avião.
As autoridades suspenderam pelo segundo dia consecutivo as buscas aéreas por conta do mau tempo que castiga a região.
"As atuais condições meteorológicas de forte ressaca e pouca
visibilidade fazem com que as buscas aéreas sejam menos efetivas e
potencialmente perigosas. Três aviões já haviam decolado para rastrear a
área antes da suspensão. Eles se encontram no caminho de volta",
afirmou o órgão que coordena as buscas.
O voo MH-370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lumpur na madrugada do
dia 8 de março (tarde do dia 7 no Brasil) com 239 pessoas e deveria
chegar a Pequim seis horas mais tarde.
O avião desapareceu dos radares cerca de 40 minutos após a decolagem e
mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades malaias,
atravessando o Estreito de Malaca e seguindo na direção contrária a de
seu trajeto inicial.
Estavam a bordo da aeronave 153 chineses, 50 malaios, sete indonésios,
seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos,
dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um
holandês, um taiwanês e dois iranianos que utilizaram os passaportes
roubados de um italiano e um austríaco.
Do R7
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