O ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, se disse
profundamente preocupado com os relatos de mortes na operação.
Os meios de comunicação russos, citando fontes entre os manifestantes, afirmaram que entre quatro e 11 rebeldes morreram.
Segundo a agência Interfax, o ministro da Defesa ucraniano afirmou que
nenhum integrante das tropas de Kiev morreu ou foi ferido durante a
operação.
De acordo com relatos de testemunhas à France Presse, tropas ucranianas foram levadas de helicóptero até o local.
Jornalistas da AFP viram manifestantes pró-russos, que dominam a parte
civil do aeródromo, aglomerados junto às grades da parte militar da
instalação.
Alguns manifestantes acusaram os militares de terem disparado e causado
feridos, mas não foi possível confirmar essas informações.
Após o anúncio da operação, a Casa Branca afirmou por meio de seu
porta-voz que as provocações dos separatistas no leste da Ucrânia
levaram o governo de Kiev a ser obrigado a responder, mas ressaltou que o
país tem a responsabilidade de manter a ordem e a lei na região.
Operação
Mais cedo, o chefe da operação antiterrorista iniciada nesta terça pelo
governo da Ucrânia, o general Vasyl Krutov, advertiu as milícias
pró-russas que "não haverá mais ultimatos" e que o exército ucraniano
"combaterá os invasores estrangeiros". A operação estaria em andamento
também na cidade de Slaviansk, mas até a publicação desta reportagem,
não havia informações sobre confrontos ou movimentação de tropas no
local.
"Os ultimatos são assuntos de civis. Isto é uma operação militar",
disse Krutov a um grupo de jornalistas próximo à cidade de Izium, na
região ucraniana de Kharkiv.
Krutov, que é general dos serviços secretos ucranianos, estimou que
cerca de "300 homens armados atuam no leste da Ucrânia, principalmente
em Slaviansk", cidade da região oriental de Donetsk e próxima à
fronteira com a Rússia.
"Vamos combatê-los porque são invasores estrangeiros, bandidos e
terroristas", assinalou o chefe do Centro Antiterrorista e subchefe do
Serviço de Segurança da Ucrânia. Pelo menos 20 blindados do exército
ucraniano se posicionaram em Izium, a cerca de 40 quilômetros da cidade
de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas que se sublevaram contra
Kiev.
Os blindados, que trazem bandeiras ucranianas, se encontram
estacionados em um cruzamento de estrada junto ao qual aterrissaram dois
helicópteros de transporte militar, segundo pôde comprovar a Agência
Efe.
O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou o
começo da operação antiterrorista na região de Donetsk nesta manhã.
"O objetivo destas ações, volto a sublinhar, é defender os cidadãos da
Ucrânia, frear o terror e as tentativas de desmembrar o país", disse
Turchinov ao inaugurar a sessão plenária da Rada Suprema, o parlamento
ucraniano.
O governo tinha dado um prazo - até a manhã desta segunda- para que os
pró-russos depusessem as armas e desalojassem os edifícios
administrativos que mantêm ocupados, dando garantias que os ativistas
que não seriam perseguidos judicialmente caso acatassem as exigências
das autoridades.
No último domingo, em mensagem ao país, Turchinov anunciou que o
Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia começaria uma
"operação antiterrorista de envergadura com o uso das Forças Armadas"
para restabelecer a ordem nas regiões orientais de país, de maioria
russa.
Do Circuitomt
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