Nos tempos mais próximos o exército russo irá receber o equipamento mais recente – minas anti-helicóptero. Essa informação foi transmitida aos jornalistas pelo chefe dos serviços de engenharia da Força Aérea Russa, coronel Alexei Khazov.

“As minas anti-helicóptero foram objeto de testes em finais de 2013 e irão agora equipar as forças armadas. Uma tal mina atinge um helicóptero ou outra aeronave até uma altitude de 200 m, criando um núcleo de explosão segundo o princípio da carga reativa”, disse Khazov.
Antes, os pilotos de helicóptero se escondiam dos radares voando abaixo dos cem metros. Agora, a mina anti-helicóptero irá obrigá-los a aumentar a altitude, onde serão detetados pelos radares antiaéreos. Portanto, agora o piloto do helicóptero cai numa espécie de armadilha, diz o diretor do polígono de testes de sistemas aéreos Vladimir Niyazov:
“A mina funciona como uma arma psicológica. Ela faz o piloto aumentar a altitude para os 150 metros, onde o aparelho será facilmente atingido por qualquer míssil antiaéreo”.
A criação desse dispositivo, que provavelmente irá alterar toda a estratégia de voo dos helicópteros, demorou mais de três anos. Os primeiros modelos de minas eram semelhantes a aparelhos espaciais com apoios retráteis e sensores rotativos. Contudo, mais tarde os cientistas decidiram eliminar uma série de funções suplementares e simplificaram o dispositivo ao máximo. Por fora, ela é parecida com uma mina redonda antitanque vulgar.
A nova mina reconhece o som do motor do helicóptero em voo a uma distância superior a 400 metros usando um sensor acústico de elevada sensibilidade. Os sensores de infravermelhos determinam a posição exata e a distância do alvo. Quando o helicóptero entra na área de alcance, a mina explode. Os projéteis são disparados por 12 cargas de pólvora à velocidade de 2,5 quilômetros por segundo e podem perfurar blindagem de um centímetro de espessura. Nenhum helicóptero, dos atualmente existentes, é capaz de resistir a um ataque desses.
Já os outros tipos de veículos e os efetivos humanos podem não recear essa arma terrível. O dispositivo não reage a falsos sinais, refere o vice-diretor do polígono de testes de sistemas aéreos Serguei Mansurov:
“Quedas de folhas, ramos, pedras, chuva ou neve, todas essas interferências que são visíveis ao sensor de localização de alvo, são eliminadas pela mina. A mina também não reage a uma pessoa ou a um animal, por exemplo, que passem na proximidade”.
Se o helicóptero não tiver entrado na zona de ataque, os sensores de infravermelhos se desligam e a mina entra em modo de espera, ou seja, fica em stand by. Quando a corrente da fonte de alimentação se torna inferior ao mínimo necessário para o seu funcionamento, a mina se autodestrói para não ser capturada pelo inimigo.
O peso e dimensões desta nova munição ainda não foram divulgados. A nova mina será colocada por meios de minagem remota, inclusive a partir de helicópteros. Os desenvolvedores russos asseguram que em todo o mundo ainda não existem análogos desta nova arma russa.
A eficácia do novo dispositivo já foi avaliada pelos militares russos, tendo os testes técnicos demonstrado que essa mina pode travar qualquer incursão por helicópteros a baixa altitude.