O grupo sueco de armamento e aeronáutica Saab anunciou nesta
segunda-feira (27) a assinatura do contrato com o governo do Brasil para
a venda de 36 aviões militares Gripen de nova geração, por US$ 5,4
bilhões (R$ 13,4 bilhões).
Saab informou que também assinou um contrato de cooperação industrial,
que incluirá transferências de tecnologia à indústria brasileira nos
próximos 10 anos.
A empresa sueca e o governo brasileiro "assinaram um contrato para o
desenvolvimento e a produção de 36 caças Gripen NG, além dos sistemas e
equipamentos relacionados", afirma a empresa em um comunicado, que
informa o valor do contrato: 39,3 bilhões de coroas suecas (US$ 5,4
bilhões).
O contrato inclui 28 aviões de apenas um motor e oito aeronaves
bimotores. Segundo a Aeronáutica, o contrato foi assinado na sexta-feira
(24), em Brasília, e envolve o treinamento de pilotos e mecânicos na
Suécia.
A empresa sueca informou que as entregas às Forças Armadas brasileiras acontecerão entre 2019 e 2024.
O preço assinalado no contrato final é superior ao previsto em dezembro
de 2013, quando o governo brasileiro escolheu o modelo sueco em uma
disputa denominada "FX-2". Na época, a proposta apresentada pela Saab
era considerada a mais barata entre as concorrentes e estava em US$ 4,5
bilhões. A entrega inicial prevista também era estipulada para 2018.
A Aeronáutica diz que o valor reajustado ocorre devido a novos
parâmetros exigidos pelo Brasil e que o preço inicial era apenas uma
previsão.
A disputa do "FX-2" incluía o caça Rafale da empresa francesa Dassault e o F/A-18 Super Hornet americano. Segundo a Aeronáutica, a assinatura do contrato, assinado na sexta-feira, antes do 2º turno das eleições presidenciais, só foi divulgado nesta segunda-feira (27) devido à publicação do acordo no Diário Oficial da União.
A disputa do "FX-2" incluía o caça Rafale da empresa francesa Dassault e o F/A-18 Super Hornet americano. Segundo a Aeronáutica, a assinatura do contrato, assinado na sexta-feira, antes do 2º turno das eleições presidenciais, só foi divulgado nesta segunda-feira (27) devido à publicação do acordo no Diário Oficial da União.
"Estamos orgulhosos de estar ao lado do Brasil dentro deste programa
tão importante", afirmou o presidente da Saab, Marcus Wallenberg.
O Brasil será, ao lado da Suécia, o primeiro país a utilizar a nova
geração dos caças Gripen. O contrato deve entrar em vigor no primeiro
semestre de 2015.
Atualmente, o Gripen é utilizado pela Aeronáutica da Suécia, República
Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia. A aeronave pode chegar a até
duas vezes a velocidade do som e é caracterizada por ser multimissão
(com poder de ataque e defesa, podendo atingir alvos em terra e no ar, e
também de reconhecimento).
Brasil opera apenas F-5
As 36 aeronaves serão usadas para defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO), informou a FAB.
A unidade, que atua na defesa do Planalto, está sem aeronaves desde dezembro de 2013, quando foram aposentados os caças Mirage 2000. Atualmente, é usada apenas para proteção das fronteiras os jatos F-5, que foram modernizados e são menos potentes que o Mirage.
As 36 aeronaves serão usadas para defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO), informou a FAB.
A unidade, que atua na defesa do Planalto, está sem aeronaves desde dezembro de 2013, quando foram aposentados os caças Mirage 2000. Atualmente, é usada apenas para proteção das fronteiras os jatos F-5, que foram modernizados e são menos potentes que o Mirage.
Aluguel "tampão"
As negociações prosseguem agora para a cessão temporária de uma versão anterior do Gripen ao Brasil pela Força Aérea que poderia ser usado nas Olimpíadas de 2016.
Até 12 unidades das versões C/D do caça podem ser alugadas temporariamente pelo governo até a chegada dos novos, mas o valor e os termos do acordo ainda estão sendo conversados pelo governo, diz a Aeronáutica.
Do G1
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