"Espero que, por parte americana, eles contribuam para esclarecer" esses casos, pressionou Steinmeier, para advertir que não devia ser permitido que as relações transatlânticas fossem "danificadas" pela situação.
O chefe da diplomacia alemã fez esta declaração em um comparecimento conjunto com seu colega tcheco, Lubomir Zaoralek, e depois que ontem o ministro da Chancelaria, Peter Altmaier, convocou o embaixador dos Estados Unidos, John B. Emerson, em seu escritório para pedir explicações.
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A convocação seguiu às informações divulgadas, ontem, por diversos
meios de comunicação, incluído um relatório sobre uma conversa
telefônica de Merkel sobre a Grécia de 2011, captada pela NSA (Agência
Nacional de Segurança), onde a chanceler expressava suas dúvidas sobre a
reestruturação da dívida grega.Estas revelações, além de comprovar de novo as práticas da espionagem americana, comprometem a chanceler, insistiu hoje a oposição integrada por Verdes e A Esquerda, já que aparentemente quatro anos atrás já duvidou do sentido das ajudas à Grécia que então eram ventiladas.
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Junto a esta comunicação, foram reveladas outras escutas, entre elas a um departamento do BCE e a 60 linhas telefônicas de ministérios, especialmente os de Economia, Finanças e Agricultura, o que aponta a um especial interesse por parte da espionagem dos EUA por assuntos econômicos e comerciais alemães.
Estas escutas aos ministérios foram praticadas desde os anos 90 e algumas dessas linhas seguem ativas, uma usada atualmente pela secretária do Ministério das Finanças de Wolfgang Schäuble.
As revelações do Wikileaks sobre a chamada "espionagem entre aliados", com a Alemanha como alvo, seguem às divulgadas dias antes feitas à França, segundo as quais os presidentes franceses Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande foram alvo de escutas pelo menos desde 2006 até maio de 2012.
A essas informações foi seguida por uma irada reação de Hollande, que manteve uma conversa telefônica com o presidente americano, Barack Obama, que, segundo o Eliseu, se comprometeu perante seu colega francês a acabar com a espionagem entre aliados.
Do R7

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