Os jihadistas do Estado Islâmico podem ter realizado um ataque com armas químicas em uma cidade no Norte da Síria na sexta-feira, informou a organização Médicos
Sem Fronteiras (MSF) nesta terça-feira. Segundo funcionários da ONG, uma
família foi tratada com dificuldades de respirar e bolhas na pele
depois que um morteiro atingiu sua casa em Marea. A Sociedade
Síria-Americana de Medicina também relatou que recebeu 50 pacientes com
sintomas de exposição a substâncias químicas.
Segundo os rebeldes locais, as bombas foram disparadas a partir de
uma aldeia capturada pelos extremistas. Um porta-voz do grupo insurgente
Frente Shami disse ao jornal americano "New York Times" que metade dos
50 morteiros e disparos de artilharia que atingiram Marea continham
mostarda de enxofre, também conhecido como gás mostarda. Essa substância
provoca graves danos à pele, olhos, ao sistema respiratório e a órgãos
internos.
Os médicos do MSF relataram que quatro pacientes - pai, mãe e as
filhas de 3 e 5 cinco dias - chegaram a um de seus hospitais horas após o
ataque de sexta-feira à noite na província de Aleppo, com dificuldades
para respirar, pele inflamada, olhos vermelhos e conjuntivite. Em três
horas, eles desenvolveram bolhas e as apresentaram mais complicações
respiratórias.
A equipe tratou os sintomas e deram aos pacientes oxigênio antes de transferi-los a outra unidade para tratamento especializado.
- MSF não tem exames de laboratório para confirmar a causa destes
sintomas - disse Pablo Marco, gerente de programa da organização na
Síria. - No entanto, os sintomas clínicos, a forma como eles mudaram ao
longo do tempo, e os relatos dos pacientes sobre as circunstâncias do
envenenamento, tudo aponta para uma exposição a substâncias químicas
Na segunda-feira, o Sírio Sociedade Americana de Medicina disse que
seu hospital em Marea havia recebido mais de 50 civis com sintomas
semelhantes. Cerca de 30 deles desenvolveram bolhas na pele, e os
médicos identificaram o agente como mostarda de enxofre.
Do Yahoo
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