A Boeing tem desenvolvido um sistema portátil a laser cujo objetivo é caçar drones no ar e derrubá-los, uma tecnologia que viria a calhar em situações de conflitos. 
Em recente teste, a companhia avançou a pesquisa e anunciou que sua tecnologia foi capaz de derrubar um drone em movimento. Trata-se de uma questão importante, a medida que inimigos podem facilmente adquirir drones comerciais e usá-los para entregar explosivos ou ainda monitorar espaços.  
Usando um laser de até dois kilowatts, o novo sistema consegue localizar o alvo a uma distância tática até a “centenas de metros”, de acordo com um vídeo de demonstrações da tecnologia.
Só bastou alguns segundos para o drone parar de funcionar e cair em solo. O laser, no caso, é apontado na “cauda” do drone, uma vez que tal parte do drone é desestabilizada, se torna impossível controlá-lo, explicou Dave DeYoung, diretor de sistemas electro-óticos e laser da Boeing. 
E você pode se perguntar se a tecnologia existente, como um míssil, por exemplo, não conseguiria já fazer o mesmo trabalho que um novo sistema a laser. Há implicações econômicas, claro. Ás vezes, não faz muito sentido apontar um míssil para tal tarefa, já que seu custo pode ser entre U$S 30 mil a 3 milhões de dólares.
Segundo DeYoung, para fazer o mesmo com a técnica a laser bastariam alguns dólares.
“Não é uma situação entre esta ou aquela. Há situações onde mísseis fazem sentido”, destacou DeYoung.
Mas há certos inconvenientes ao usar lasers. A luz é um deles. Diferente de um míssil, luz a laser não cessa após atingir seu alvo.
No caso, a nova arma da Boeing se certifica de que há uma linha clara de visão para o alvo e para além dele.

Finalidades
A Boeing está desenvolvendo o sistema a laser para militares americanos e não revelou maiores detalhes sobre seus custos e abrangência. Segundo DeYoung, o laser terá fins comerciais e a Boeing foi responsável pelo sistema de controle e alvo da tecnologia. 
Ele também informou que enquanto governos militares são os principais clientes, o produto pode atender outras aplicações mais amplas.
Em testes anteriores, o sistema foi capaz de mirar e destruir um drone imóvel. Neste novo teste, o desafio foi rastrear o drone no ar e derrubá-lo. 
O novo sistema portátil pode ser rodado por meio de um gerador e exige cerca de dois copos de combustível a diesel para funcionar. 
Segundo DeYoung, a Boeing está recebendo feedback do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e incorporando modificações mais profundas do protótipo, mas não revela o prazo para comercializá-lo. A geração anterior do sistema levou dois anos para ser desenvolvida.




Apenas 2 segundos. É esse o tempo necessário para que um drone seja incendiado pela mais nova arma desenvolvida pela fabricante de aviões Boeing. Com 2 quilowatts de potência, o canhão não chega a causar explosões, mas pode colocar por terra as cada vez mais populares aeronaves não tripuladas.
O projeto foi desenvolvido com o objetivo de lidar com ameaças através de recursos de baixo custo, conforme explica David DeYoung, diretor de divisão de sistemas de energia da empresa.

Para controlar o canhão, basta emparelhar ao software da arma um controle de Xbox. Modos automático ou manual são as as formas de controle admitidas pelo equipamento -- que pode, inclusive, ser instalado sobre uma plataforma que esteja em movimento. Esta é uma versão portátil do High Energy Laser Mobile Demonstration (HEL MD), equipamento já demonstrado pela Boeing em 2014. 

Solução barata e eficiente

Drones têm sido usados para as mais diversas finalidades – desde a entrega de comida até o transporte de drogas. E, justamente devido à sua dinamicidade, as aeronaves podem representar novas ameaças.
A solução apresentada pela Boeing, portanto, está para além de tecnologias dedicadas à interrupção dos sinais de comunicação dos pequenos aviões. Além de destruir o drone, o canhão laser promete um funcionamento eficaz por anos e com manutenção básica e barata.
Fonte(s): Wired/Jordon Golson - Imagens:Boeing (via Wired) -ACM- Do Tecmundo