Órgão em Bagdá facilitará intercâmbio de dados e pode também ser base de
coordenação para futuras operações militares. Na ONU, ministro
iraquiano exige mais ação da aliança internacional anti-"Estado
Islâmico".
A Rússia e três países do Oriente Médio pretendem fundar na capital
iraquiana uma central para facilitar o intercâmbio das informações a
respeito da milícia terrorista "Estado Islâmico" (EI). O órgão reunirá
membros do Estado-maior da Rússia, Síria, Iraque e Irã, noticiou a
agência de notícias russa Interfax, com base em fontes diplomáticas e
militares de Moscou.
Numa fase posterior, operações militares poderão ser coordenadas a
partir do centro em Bagdá, que será dirigido alternadamente por oficiais
das quatro nações. O primeiro deles será um representante do Iraque.
Otimismo e exigências de Bagdá
O ministro iraquiano do Exterior, Ibrahim al-Jaafari, que se encontra em
Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, se
mostrou otimista a respeito do projeto, neste sábado (26/09).
"As forças militares iraquianas alcançaram algumas vitórias
significativas, repelindo os terroristas e os obrigando a se retirarem a
norte de Mossul", afirmou Jaafari, acrescentando que o Exército
nacional "está do lado vitorioso".
No entanto, a situação na segunda maior cidade iraquiana desmente tal
versão. Depois de 15 meses de combates, as tropas do governo ainda não
conseguiram retomar a maior refinaria de petróleo do país. As Forças
Armadas procuram ganhar mais controle ao oeste antes de iniciar um
ataque a Mossul, considerada a maior perda de Bagdá na luta contra o EI.
Ainda assim, Jaafari declarou que não são necessárias tropas de solo
estrangeiras, e acusou a aliança militar internacional liderada pelos
Estados Unidos de não estar fazendo o suficiente: "A frequência dos
ataques aéreos oscila, e espero que ela seja mais alta no futuro."
O chefe da diplomacia iraquiana também reivindicou de Washington mais
equipamento de combate, assim como a intensificação dos treinamentos
militares e da disponibilização de dados pelos serviços de informação.
Do DW
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