O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nessa quinta-feira (1º) ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, para evitar vítimas civis na Síria, nos ataques que as forças militares começaram a fazer. Ban Ki-moon fez o pedido durante reunião na sede da ONU.
Em comunicado, o gabinete de imprensa da ONU informou que o secretário-geral e o ministro russo falaram sobre os últimos acontecimentos na Síria, incluindo a campanha contra o Estado Islâmico e outros grupos terroristas. O texto diz ainda que os dois concordaram que qualquer ataque aéreo deve ser feito sob estrita observância das leis humanitárias internacionais e dos direitos humanos.
A aviação russa começou a operar na Síria na quarta-feira (30), a pedido do presidente sírio, Bashar Al Assad.
Dirigentes oposicionistas moderados sírios disseram, porém, que os ataques aéreos russos já deixaram dezenas de mortos e pediram à comunidade internacional que pressione o governo de Moscou para que os interrompa.
Ban Ki-moon disse ainda a Lavrov que os alvos da campanha militar russa “deveriam ser exclusivamente os incluídos nas resoluções relevantes do Conselho de Segurança”, que têm condenado as ações de grupos como o Estado Islâmico e a Frente Al Nusra.
A ONU quer o fim do uso de munições indiscriminadas, como os barris de explosivos, acrescenta o comunicado.

Nessa quinta-feira (1º), pelo menos sete civis, incluindo duas crianças, morreram em ataques russos à província de Idleb, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No distrito de Jabal Al Zawiya, daquela província, “quatro civis, incluindo uma criança e uma mulher, morreram nos bombardeios feitos pelos aviões militares russos”, segundo o OSDH.
A organização não governamental acrescentou que mais civis, incluindo uma menina e uma mulher, perderam a vida em um ataque dos aviões russos na localidade de Habite".
Os primeiros ataques russos na Síria, na quarta-feira (30), deixaram 28 mortos, de acordo com o observatório, que registra o número de mortos desde o início do conflito sírio, há quatro anos e meio.

Do EBC