De acordo com Lennart Sindahl, vice-presidente executivo da Saab, e
chefe da divisão de aeronáutica da empresa, uma variante de guerra
eletrônica baseada no Gripen F (biplace) deve ser desenvolvida nos
próximos anos.
O executivo, que conversou sobre o assunto com Georg Mader, editor do Defence lndustry Bulletin,
não deu muitos detalhes sobre o projeto, mas afirmou acreditar que o
mercado terá, em breve, uma demanda por uma aeronave de ataque com
capacidades de guerra eletrônica (EW), como faz atualmente o Boeing
EA-18G Growler, única aeronave desse ramo em produção atualmente.
analisarmos as perspectivas para o futuro da aviação de combate, uma
espécie ‘Growler Gripen’ seria um grande diferencial em uma Força Aérea
atualizada e cujas ameaças sejam reais”, afirmou Sindahl, salientado que
“a SAAB está atenta às necessidades do mercado nesse segmento,
enfatizando que essa é uma razões pela qual é muito bom ter o Brasil
como parceiro no desenvolvimento do Gripen F.
O desenvolvimento do avião de guerra eletrônica pode ser uma forma da
Saab aproveitar a plataforma do Gripen F, versão que está sendo
desenvolvida somente para atender às necessidades da Força Aérea
Brasileira (FAB). Aeronaves EW são operadas por pelo menos dois
tripulantes, o piloto e o controlador de sistemas eletrônicos.
A função principal dessa nova variante do Gripen seria apoiar outras
aeronaves de ataque, fornecendo cobertura eletrônica, além de dar
combate a sistemas antiaéreos (SAM) adversários, similar ao desempenhado
pelo Boeing EA-18G Growler, que é empregado pela Marinha dos EUA (US
Navy) e pela Força Aérea Real Australiana (RAAF).
Guerra eletrônica
Muitos antes do primeiros tiros e lançamentos de bombas serem
realizados em uma guerra moderna, entram em ação os aviões de guerra
eletrônica. Essas aeronaves são equipadas com sistemas especiais que
enganam radares e anulam o efeito de sensores de busca e ataque por
meios de ataques eletromagnéticos. Esses aparelhos também podem
interceptar comunicações do inimigo ou até mesmo cortá-las, impedindo
ações de defesa combinada.
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