A fabricante sueca Saab assinou nessa terça-feira (1) o contrato para o
fornecimento de canhões para os caças Gripen NG da Força Aérea
Brasileira (FAB) e da Suécia. A empresa escolhida foi alemã Rheinmetall,
com o modelo BK27 de 27 mm.
Variações desse mesmo canhão também equipam aeronaves como o Panavia
Tornado e o Eurofighter Typhoon, além da primeira geração do Gripen. A
Rheinmetall também vai fornecer munições e conjuntos de peças de
reposição.
Segundo comunicado da empresa alemã,
serão fornecidos canhões para 88 aeronaves entre 2017 e 2025, período
em que os caças serão produzidos. O Gripen NG é um projeto da Saab em
parceira com a Embraer, que também vai produzir o caça no Brasil. As
primeiras unidades serão incorporadas à FAB a partir de 2018.
Chumbo grosso!
O canhão BK27 tem o mesmo princípio do revolver, como o tradicional
“38”. As munições, enormes balas com dimensões semelhantes a de uma
garrafa long-neck, são armazenadas em um tambor. A diferença é que a
cada disparo o cartucho é rapidamente ejetado e um novo é recolocado. O
modelo que será usado no Gripen NG pode disparar até 1.700 balas por
minuto.
O conjunto do canhão alemão tem cerca de 2,30 metros e pesa 100 kg,
isso sem contar as munições. Cada projetil pesa aproximadamente 260
gramas – cada Gripen NG vai levar um canhão com 120 balas.
Outras armas do Gripen NG
Além do canhão alemão, que pode ser aplicado em missões de
interceptação de aeronaves hostis ou ataque ao solo, o Gripen NG poderá
ser equipado com um variado arsenal de mísseis e bombas “inteligentes”
guiadas a laser.
O próximo caça da FAB será habilitado para disparar mísseis de longo
alcance, como o norte-americano AIM-120 AMRAAM, capaz de abater
aeronaves hostis a 120 km de distância. São os chamados ataques “Beyond
Visual Range”, que vão além do alcance visual do piloto. Mas não do
radar da aeronave.Outras armas do Gripen NG do Brasil serão os mísseis A-Darter, para
ataque ao solo, e o MAR-1, anti-navio. Os dois equipamentos estão sendo
projetados pela empresa brasileira de material bélico Mectron e a Denel Dynamics, da África do Sul.
Do AIRWAY
0 Comentários