ONU reúne representantes de 80 países para discutir “robôs assassinos”

preocupação em relação a armas autônomas – qualquer tipo de dispositivo letal que pode matar sem o envolvimento humano – tem aumentado consideravelmente a ponto de até grandes nomes da tecnologia, como Elon Musk, pedirem à ONU que regulamentasse o uso desse tipo de maquinário.

Com isso, a ONU resolveu prosseguir com as discussões para impor limites ao uso desse tipo de aparelhagem. Cerca de 80 países estiveram envolvidos no painel que pode gerar um código de conduta ou um processo de revisão de tecnologia para armas autônomas. Grupos de defesa dos direitos humanos se reúnem sob a campanha Stop Killer Robots (ou Parem os Robôs Assassinos em português) e já afirmam que mais de 22 países estão apoiando o banimento desse tipo de dispositivo.

Futuro sombrio

Entre os motivos para que essas armas sejam proibidas está não apenas a preocupação com a vida das pessoas em áreas de guerra, visto que é muito mais fácil matar seres humanos sem precisar de alguém puxando um gatinho, mas também o fato de que o avanço das tecnologias de inteligência artificial pode criar máquinas assassinas descontroladas e implacáveis. Não, não se trata de ficção científica, mas da real possibilidade de máquinas resolverem – por conta própria – matar quem elas quiserem.

Uma carta aberta coordenada pelo professor Toby Walsh, da Escola de Ciências da Computação e Engenharia da Univesidade de Nova Gales do Sul, afirma que “as armas autônomas letais ameaçam tornar-se a terceira revolução na guerra. Uma vez desenvolvidas, elas permitirão o envolvimento em conflitos armados em uma escala maior do que nunca e em intervalos de tempo menores do que os humanos podem compreender. Estas podem ser armas de terror, armas que déspotas e terroristas podem utilizar contra populações inocentes. Não temos muito tempo para agir. Uma vez que esta caixa de Pandora for aberta, será difícil fechar”.

Nomes de peso

Essa carta foi assinada por nada menos que 116 profissionais da indústria da tecnologia, incluindo grandes nomes como o próprio Elon Musk e Mustafa Suleyman, fundador e chefe de inteligência artificial aplicada no Google DeepMind Technologies. Funcionários da ONU afirmam que, em teoria, armas totalmente autônomas controladas por computador ainda não existem.

Porém, a intenção das reuniões é, primeiramente, definir exatamente o que são esses “robôs assassinos” para que medidas possam ser tomadas e limites impostos. Para evitar a histeria geral causada pela semelhança da situação com filmes e outras obras de ficção científica, o embaixador da Índia Amandeep Gill tratou de acalmar a situação afirmando que os humanos ainda estão no controle das coisas.

Ele completou: “Temos que ter cuidado para não dramatizar esta questão”.

Do Tecmundo


 
ONU fecha o cerco contra robôs assassinos

Os robôs autônomos estão evoluindo rapidamente e aumentando as formas de interação com as pessoas. Porém, nem todos veem com bons olhos essa evolução.

Conforme relata o Übergizmo, representantes de países de todo o mundo discutiram recentemente os sistemas de armas na Convenção das Nações Unidas. O resultado da discussão foi um acordo convocado por 22 nações para anunciar uma proibição absoluta do desenvolvimento e uso de armas autônomas, também conhecidas como "robôs assassinos".

Antes da convenção, especialistas em inteligência artificial e robotização enviaram cartas a líderes mundiais, chamando-os a apoiar uma proibição geral de armas autônomas, sendo que as preocupações aumentaram quando as forças armadas e as empresas de defesa privada começaram a investir em armas autônomas.

A maioria das nações representadas na convenção concordou que deve haver um "instrumento juridicamente" que dita o uso dessas tecnologias. A maioria das nações também aceitou "que alguma forma de controle humano deve ser mantida em relação aos sistemas de armas".

Apesar disso, não houve um avanço efetivo relação à proibição durante a reunião. Os representantes só conseguiram estabelecer as bases para futuras conversas.