Eu sei, eu sei, todo mundo quer armas futuristas pewpewpew mas a
triste realidade é que pesquisa de armamentos custa muito dinheiro, e em
tempos de paz acaba não se justificando, mas o risco é ficar para trás e
isso está acontecendo com os EUA.
Há casos assustadores como o Comanche, um helicóptero tão phoderoso
que quase seria adversário a altura do Águia de Fogo. Depois de anos e
US$ 7 bilhões decidiram que as ameaças para as quais ele havia sido
projetado não existiam mais, e o programa foi abandonado.
Agora é a vez das railguns, armas que em vez de explosivos usam
eletroímãs para acelerar o projétil. As vantagens são imensas. Imãs não
explodem (imans sim mas aí é outro caso).
Sem necessidade de um paiol cheio de cargas explosivas, sobra muito
mais espaço para levar projéteis, e eletricidade em navios é abundante.
O projeto começou modesto, em 2010 já tinham um protótipo capaz de
lançar um projétil de 10 kg a 160 km de distância. Em julho de 2017 foi
demonstrado um canhão com capacidade e 4,8 tiros por minuto. A meta
operacional é de 10.
Infelizmente o Congresso não está satisfeito com o andamento das
pesquisas, e acha que depois de US$ 500 milhões investidos os resultados
não são suficientes. Um relatório recente destacou que ainda
precisariam de anos e uma fortuna para terminar as pesquisas, e a
Marinha não tem nenhuma das duas coisas.
A recomendação é abandonar as railguns e aproveitar os projéteis de
hipervelocidade desenvolvidos para elas. Lançados de um canhão comum,
não atingiriam Mach 6 como nas railguns, mas Mach 3, três vezes a
velocidade do som ainda é rápido o bastante para causar um bom estrago.
A um custo unitário de US$ 25 mil esses projéteis de alta velocidade
podem ser usados inclusive contra mísseis de cruzeiro, ao menos em
teoria. Só que eles também estão ainda quase na prancheta, e levarão
anos pra chegar nas mãos da Marinha.
Esse barato vai sair caro pros EUA, mais cedo ou mais tarde. Quanto ao resto de nós, Railgun só em filme do Michael Bay.
Fonte: Russia Today. Via MeioBit
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