Uma informação da TV estatal síria diz que um aeroporto militar perto
de Homs, na região oeste do país, foi bombardeado por mísseis na noite
deste domingo (8), pelo horário de Brasília, madrugada de segunda-feira
(9). A agência estatal de notícias da Síria, a Sana, informou que os
mísseis foram disparados por aeronaves israelenses.
De acordo com o veículo sírio, que cita apenas uma "fonte militar", a
defesa aérea síria disparou oito mísseis contra o ataque. A mesma fonte
informou que os mísseis de ataque, supostamente israelenses, foram
disparados do espaço aéreo libanês por aviões F-15. O informante disse
apenas que o ataque deixou um "grande número de mortos e feridos".
Israel não comentou de imediato as acusações dos militares russos e
sírios. Quando indagada mais cedo sobre as explosões na base aérea, uma
porta-voz israelense não quis se pronunciar.
O Estado judeu já acusou Damasco de permitir que o Irã monte um
complexo na base T-4 para fornecer armas ao seu aliado, o grupo xiita
libanês Hezbollah. Desde o início da Guerra da Síria, Israel atacou
posições do Exército sírio muitas vezes, tendo como alvo comboios e
bases das milícias apoiadas pelo Irã que lutam ao lado das forças de
Assad.
Rússia também acusa Israel
Militares russos também reforçaram a acusação de que o ataque tenha
sido realizado por Israel. À agência de notícias Interfax, fontes do
Exército da Rússia — aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad —
disseram que dois caças israelenses F-15 realizaram os ataques contra a
base aérea síria T-4.
Segundo uma citação da Interfax, o Ministério da Defesa russo disse que
os caças israelenses atacaram do espaço aéreo do Líbano e que os
sistemas de defesa aérea da Síria derrubaram cinco dos oito mísseis
disparados.
Estados Unidos
Inicialmente, havia uma suspeita de que o autor dos ataques seriam os
Estados Unidos. Porém, o país negou ter bombardeado o aeroporto.
Segundo a TV americana CNN, o Pentágono deu a seguinte declaração:
"Neste momento, o Departamento de Defesa não está realizando ataques
aéreos na Síria. No entanto, continuamos a observar atentamente a
situação e apoiar os esforços diplomáticos em curso".
A suspeita síria era alimentada pelas palavras do presidente americano
Donald Trump, que, neste domingo (8), disse, vias redes sociais, que o
suposto ataque químico na cidade de Douma, com 42 mortos, incluindo
crianças e mulheres, teria "um preço alto a ser pago" pelo regime do
presidente Bashar al-Assad.
Via Twitter, Trump escreveu: "Vários mortos, incluindo mulheres e
crianças, no ataque estúpido com armas químicas na Síria. A área desta
atrocidade está cercada pelo Exército Sírio, o que faz com que o mundo
exterior fique completamente inacessível. Presidente Putin, Rússia e o
Irã são responsáveis por acobertar o Animal Assad. Grande preço a ser
pago. Abram a área imediatamente para auxílio médico e verificação.
Outro desastre humanitário por qualquer que seja a razão. DOENTE!"
A Síria nega o uso de armas químicas em suas forças de batalha.
Many dead, including women and children, in mindless CHEMICAL attack in Syria. Area of atrocity is in lockdown and encircled by Syrian Army, making it completely inaccessible to outside world. President Putin, Russia and Iran are responsible for backing Animal Assad. Big price...— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 8, 2018
Do R7
0 Comentários