As Ilhas Spratly,
 que aparecem assinaladas ao centro no mapa acima, constituem um 
conjunto disperso de afloramentos de terra de características e tamanhos
 distintos (ilhas, atóis, ilhéus e recifes) que se dispersam por mais de
 400.000 km² no centro do Mar da China Meridional. Sendo muitos (mais de
 750), nenhum dos afloramentos é muito extenso, e a área somada de todos
 eles nem chega a atingir os 5 km². Por isso, também não existe 
população indígena. Mas constituem um dos locais mais disputados da 
actualidade: chineses, filipinos, malaios e vietnamitas cobiçam-nas, 
para elencar (e por ordem alfabética...) apenas os quatro pretendentes 
mais sérios. A localização das ilhas explica geograficamente o porquê 
das pretensões de malaios (linha vermelha) e filipinos (linha amarela), 
enquanto as de vietnamitas (a verde) e chineses (cor de laranja) 
necessitam de explicações históricas adicionais…
 Paradoxalmente, são as candidaturas mais complexas destes dois últimos países que são as mais eloquentes
 no terreno, conforme se constata pelo mapa acima, onde se assinala com 
bandeiras nacionais cada uma das guarnições militares estacionadas na 
região: a paisagem é dominada por bandeiras vermelhas com estrelas amarelas. Por detrás de tanto entusiasmo
 pelas Ilhas Spratly apontam-se três razões: a importância económica dos
 seus bancos de pesca; a importância estratégica do tráfego marítimo que
 as atravessa; a importância estratégica e económica das jazidas de hidrocarbonetos
 que eventualmente ali existirão. Episódios violentos envolvendo 
militares dos países em litígio têm sido discretos e contidos mas já se morreu pelas Ilhas Spratly. E, para os autores de ficção, as Spratly já serviram como uma espécie de estopim – ao estilo balcânico – de uma futura confrontação mundial.
 Paradoxalmente, são as candidaturas mais complexas destes dois últimos países que são as mais eloquentes
 no terreno, conforme se constata pelo mapa acima, onde se assinala com 
bandeiras nacionais cada uma das guarnições militares estacionadas na 
região: a paisagem é dominada por bandeiras vermelhas com estrelas amarelas. Por detrás de tanto entusiasmo
 pelas Ilhas Spratly apontam-se três razões: a importância económica dos
 seus bancos de pesca; a importância estratégica do tráfego marítimo que
 as atravessa; a importância estratégica e económica das jazidas de hidrocarbonetos
 que eventualmente ali existirão. Episódios violentos envolvendo 
militares dos países em litígio têm sido discretos e contidos mas já se morreu pelas Ilhas Spratly. E, para os autores de ficção, as Spratly já serviram como uma espécie de estopim – ao estilo balcânico – de uma futura confrontação mundial.
Em 1996, Tom Clancy publicou – com um co-autor que deve ter feito a maior parte do trabalho… – um livro intitulado SSN (acima). SSN
 trata-se da sigla norte-americana para designar um submarino de ataque 
propulsionado a energia nuclear e o enredo do livro é uma colagem de 
episódios em que um desses submarinos (o USS Cheyenne) se engaja em vários combates contra variados submarinos chineses (todos de concepção soviética: classes Kilo, Alfa, Akula)
 num encadeamento repetitivo de sucessos (e afundamentos...) que apenas 
torna a narrativa enjoativa. O enquadramento que justificava o conflito 
era uma disputa que não era muito bem explicada a pretexto das Ilhas 
Spratly. Como se fosse sagaz (e plausível) que a China se dispusesse a 
defrontar frontalmente os Estados Unidos em 1996, ainda por cima nos 
terrenos da qualidade do hardware naval… 


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