Em comunicado, a fabricante da aeronave admitiu versão das autoridades do país asiático. Outras companhias que operam com o modelo 737 MAX foram avisadas.
A montadora americana explicou em um comunicado que antes do acidente, os pilotos do avião que caiu no mar de Java, com 189 pessoas a bordo, podem ter recebido informações incorretas de um sistema de informação da aeronave, de acordo com os primeiros elementos encontrados na caixa preta.
"O comitê de segurança dos transportes indonésio indicou que o voo 610 da Lion Air recebeu informações errôneas de um dos sensores", informou o grupo aeronáutico.
A Boeing publicou uma versão atualizada de "seu manual de operação no qual indica ao operadores as medidas que a tripulação deve adotar nos casos em que os sensores transmitem informações errôneas".
Umas 246 aeronaves 737 MAX, última versão do 737, o avião comercial mais vendido do mundo e galinha dos ovos de ouro da Boeing, estariam afetados, segundo a FAA, regulador americano aéreo.
Quarenta e cinco exemplares, operados pela SoutWest Airlines, United Airlines e American Airlines, são afetados nos Estados Unidos.
Esses sensores, também conhecidos como sensores de ângulo de ataque, indicam aos pilotos a inclinação da aeronave e podem alertar para uma possível perda de estabilidade da aeronave.
O Boeing 737 MAX 8 da companhia de baixo custo Lion Air, que entrou em serviço há apenas alguns meses, desapareceu meia hora depois de decolar de Jacarta.
Pouco antes, os pilotos pediram permissão ao controle de tráfego aéreo para retornar ao aeroporto de origem.
As autoridades indonésias indicaram que o aparelho sofreu problemas técnicos durante seus últimos quatro voos, em um deles houve problemas nos sensores de incidência e naqueles que indicam a velocidade.
Durante um voo entre Bali e Jacarta, os dois sensores de incidência mostraram um ângulo divergente de 20 graus, embora precisassem estar alinhados.
Um relatório preliminar sobre as causas do acidente será publicado no final de novembro.

Do G1

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