Boeing 707 da Força Aérea Argentina para a Força Aérea Brasileira
e
Mirage IIIEBR/IIIDBR para a Força Aérea Argentina.

By Vinna

Como parte do acordo governamental assinado entre o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidente Cristina de Kirchner que visa fortalecer o relacionamento dos dois países na execução das atividades aeronáuticas, uma Missão Técnica Aeronáutica Brasileira (MTAB), composta por 16 técnicos estive na sede da I Brigada Aérea de El Palomar entre os dias 8 e 11 de setembro, com a missão de inspecionar o material referente ao Boeing 707 da Força Aérea Argentina (de matrícula TC-91) que lá encontra-se estocado a pelo menos dois anos. Além do ferramental e peças de reposição, cinco motores dentre outros componentes despertaram o interesse dos técnicos da FAB. Em contrapartida caso o corra a permuta a Força Aérea Argentina receberá material estocado dos aos Mirage IIIEBR/IIIDBR da FAB.

Pai' dos jatos comerciais, Boeing 707 completa 50 anos

Modelo foi o primeiro avião a jato com amplo sucesso comercial.
Seu prestígio era tanto que a Casa Branca o escolheu para ser o 'Air Force One'.
Da AFP - Via G1

Foto: Divulgação

O 707 em seu segundo vôo, em 1957. O primeiro foi interrompido após apenas 7 minutos, por causa de mau tempo.

Há 50 anos, o primeiro avião a jato da Boeing, o 707, realizava seu primeiro vôo, iniciando uma carreira fulgurante e tornando-se o primeiro jato civil a ter verdadeiro sucesso comercial, superando o histórico Comet, da britânica De Havilland.

Nos registros da aviação, o Comet é o primeiro avião a jato destinado à aviação comercial a sair da fábrica, com um vôo de teste histórico em 27 de julho de 1949 e vôos comerciais em 1952.

Mas foi o 707, com suas inovações tecnológicas, que colocou a aviação civil na era do jato, diante de um Comet com reputação manchada por diversos acidentes. Os infortúnios do Comet ajudaram a Boeing a se impor como o fabricante da aviação de referência mundial, diante da concorrência do Tu-104, da soviética Tupolev; do C102 da canadense Avro Canada; e do Caravelle, da francesa Sud Aviation.

Primeiro vôo

"Foi numa sexta-feira tipicamente fria e chuvosa do Noroeste dos Estados Unidos, dia 20 de dezembro de 1957, que o chefe da tripulação Tex Johnston, seu co-piloto Jim Gannet e o engenheiro Tom Layne embarcaram no primeiro 707 fabricado em série e esperaram, na pista do aeroporto municipal de Renton, o tempo melhorar para o primeiro vôo de teste", lembrou o grupo.

"Às 12H30, a decisão de decolar foi tomada. Mas quando o 707 ganhava altitude sobre Renton, um tempo imprevisível fechou o céu em volta da aeronave, forçando um pouso de urgência depois de apenas 7 minutos de vôo. "Mais tarde, o céu melhorou o suficiente para permitir à tripulação fazer um vôo de 71 minutos".

Revolução tecnológica

O 707, ponto culminante de cinco anos de pesquisas e experimentos, consagraria a revolução tecnológica dos aviões a jato. Maiores, mais rápidos e mais aerodinâmicos, eles atrapalhariam a vida dos aviões a hélice, rapidamente relegados à categoria de antiguidades.

Movido a motores Pratt & Whitney, o primeiro 707 realizou um vôo comercial Nova York-Paris em 26 de outubro de 1958, operado pela PanAm, principal companhia nos Estados Unidos à época.

Foi o começo da carreira internacional do 707, em sua série 707-120, capaz de garantir vôos de longa distância para 140 passageiros. Depois deste primeiro sucesso comercial, a Boeing lançou rapidamente outras versões do jato, entre elas o 707-320 Intercontinental, mais longo, com motores mais potentes e mais econômicos em combustível.

O programa 707 melhorou ainda mais nos anos 60 graças a motores de nova geração, permitindo economias de combustíveis extras, uma redução do barulho e um raio de ação ampliado para 6.000 milhas (9.600 km) contra as 4.000 (6.400 km) de antes.
Air Force One

O 707 ganhou ainda mais prestígio quando se tornou o avião presidencial americano - o "Air Force One" -, transportando Richard Nixon, Gerald Ford, Jimmy Carter, entre outros.

Em 1978, a Boeing parou a produção de 707 civis. Mas contratos com o Departamento de Defesa dos EUA até 1994, permitiram ao modelo atingir a marca de 1.000 unidades entregues.Aproximadamente 130 Boeing 707 voam ainda hoje, segundo as estimativas do grupo. Alguns foram transformados em aviões de frete, outros pertencem a empresas e a particulares, como o ator John Travolta, um fã da aviação. Um pequeno número segue em serviço comercial.