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EUA vetariam ataque de Israel ao Irã, diz TV

Reuters/Brasil Online - Reportagem adicional de Allyn Fisher-Ilan em Moscou - Via: O GLOBO

JERUSALÉM (Reuters) - Os Estados Unidos não permitiriam que Israel bombardeie instalações nucleares iranianas enquanto houver tropas norte-americanas no Iraque, disseram fontes diplomáticas na segunda-feira a uma TV israelense.

Autoridades israelenses que acompanham o primeiro-ministro Ehud Olmert em visita a Moscou não quiseram comentar a notícia. Olmert foi à Rússia para tentar convencer o governo local a não vender armas e outras tecnologias bélicas para Irã e Síria.

O Canal 10 de Israel disse que um eventual ataque israelense contra o Irã deixaria as tropas dos EUA em posição vulnerável a retaliações no Iraque.

A permanência norte-americana depende da eleição presidencial de novembro - o democrata Barack Obama quer retirar as tropas de combate em 16 meses, enquanto o republicano John McCain se recusa a falar em cronogramas.

A emissora acrescentou que Israel antevê o fracasso da mobilização internacional contra o programa nuclear do Irã, inclusive por meio de sanções da ONU, e por isso o país já se conforma com o fato de que um dia terá de enfrentar um inimigo com armas nucleares na região.

Contrariando as acusações ocidentais, o Irã diz que seu programa nuclear é voltado apenas para a geração de eletricidade com fins civis. Acredita-se que Israel possua o único arsenal nuclear do Oriente Médio.


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S-300


Israel pressiona Rússia por venda de armas a Irã e Síria

Reuters/Brasil Online - Por Allyn Fisher-Ilan - Via O Globo

TEL AVIV (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, aproveitará uma viagem à Rússia, a partir de segunda-feira, para pressionar Moscou a não vender mísseis e tecnologias armamentistas ao Irã e à Síria.

Falando ao seu gabinete na véspera da viagem de dois dias, Olmert disse que discutiria questões "de preocupação especial, imediata", o que inclui o fornecimento de armas para "elementos irresponsáveis".

Ocupando interinamente o cargo entre sua renúncia e a formação de um novo gabinete, Olmert deve se encontrar na segunda-feira com o presidente russo, Dmitry Medvedev, e com o primeiro-ministro Vladimir Putin.

Fontes israelenses de defesa disseram, com base em declarações prévias a respeito das relações militares entre Moscou e Teerã, que o Irã ainda não recebeu o moderno sistema antiaéreo S-300, mas que os dois países continuam discutindo tal negócio.

O S-300 ajudaria o Irã a evitar eventuais bombardeios israelenses e norte-americanos contra suas instalações nucleares. Analistas dizem que a aquisição desse sistema poderia acelerar uma ação militar visando a impedir que a República Islâmica venha a desenvolver armas nucleares.

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A Rússia nega a intenção de vender o S-300, que tem uma versão capaz de monitorar até cem alvos e de disparar contra aviões a até 120 quilômetros de distância. No Ocidente, o sistema é conhecido como SA-20.

Na segunda-feira, um porta-voz da chancelaria iraniana foi vago ao comentar se o Irã havia ou não comprado os mísseis. "O poderio defensivo do Irã se baseia em nossas capacidades nativas, e vamos examinar qualquer ação que ajude a ampliar e fortalecer nosso poderio militar e defensivo", disse o porta-voz Hassan Qashqavi, segundo declaração traduzida pela TV local Press TV, que transmite em inglês.

"Temos uma boa cooperação de defesa com os russos. Um exemplo seria nos sistemas antiaéreos. Temos uma boa cooperação e vamos continuar cooperando com eles", acrescentou.

Israel e o Ocidente suspeitam que o Irã esteja enriquecendo urânio para o uso de armas atômicas, finalidades que Teerã nega. Acredita-se que Israel tenha o único arsenal atômico do Oriente Médio.

Na conversa de domingo com os ministros, Olmert disse que seu encontro com Medvedev, o primeiro desde a eleição dele, em março, estará voltada para questões "de segurança, militares, diplomáticas e internacionais entre nós e a Rússia".

Israel também vê com preocupação os rumores de que a Rússia estaria preparando a entrega de mísseis avançados para a Síria. Moscou diz que eventuais armas vendidas a Damasco seriam apenas para finalidades defensivas.

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NOTA: A pressão feita agora por Israel vem imediatamente após o treinamento realizado com a Grécia (que tem esse sistema) em um exercício que simulou um ataque ao Irã e envolveu mais de 100 aeronaves de caça da IAF. Aparentemente o sistema SA-20 é muito efetivo e mostrou-se MUITO eficiente durante a manobra trazendo um número de perdas inaceitáveis. Fica cada vez mais claro que Israel até teria condições de atacar o Irã mas ficaria em uma posição tão desguarnecida que poderia ser facilmente atacado pelos árabes (Siria por exemplo - daí o pedido de restrição), já que teria de usar quase todas as suas aeronaves de primeira linha (F-15 e F-16 Soufa) contra os Persas, deixando a defesa do país a cargo de aeronaves de segunda linha (Phanton, Kfir, F-16a e A-4 - Parece inventário de 1972...). Sem dúvida um negócio (manobra) muito arriscado.