Chegada de novos tanques ao Brasil
Novos Leopard-1A5 complementam a frota de carros de combate

Começaram a chegar ao Brasil os primeiros carros de combate Leopard-1A5 comprados à Alemanha e que deverão reforçar a capacidade das unidades blindadas e mecanizadas do Brasil.

Eles deverão ser entregues a unidades de infantaria blindada no Rio Grande do Sul e cavalaria blindada no Paraná.

Os carros de combate M-60A3 presentemente ao serviço e que estão operacionais nas principais unidades do exército, serão transferidos para unidades da 4ª Brig.Cav.Mec. no Mato Grosso do Sul.

Segundo dados não confirmados, serão retirados de serviço alguns dos M-41 ainda restantes, juntamente com alguns veículos M-60 e Leopard-1 cuja recuperação não é considerada de interesse.
Principais unidades militares no sudoeste e sul do Brasil

Os carros de combate que deverão começar a entrar ao serviço durante este ano de 2009, são do mesmo tipo dos Leopard-1 já recebidos no final dos anos 90 da Bélgica, no entanto são de uma geração mais avançada porque estão equipados com sistemas de visão noturna, tendo capacidade para combate de noite, coisa que até ao momento os carros de combate Leopard-1 mais antigos não possuíam.

Os carros Leopard-1A5 também se distinguem dos modelos anteriores pela sua superior blindagem, que é mais resistente que a dos carros mais antigos.

A superior blindagem dos carros da versão «A5» do Leopard-1 que vão começar a ser operados pelo exército brasileiro, foi uma resposta na Europa ao aparecimento de viaturas blindadas de infantaria com canhões de calibres menores 30, 35 e mesmo 40mm que poderiam perfurar a blindagem deste tipo de carro de combate quando equipados com munição especial. As laterais da torre, foram os pontos identificados como mais vulneráveis e por isso as áreas laterais da torre foram reforçadas com placas adicionais.

No continente sul americano o aumento da blindagem do Leopard-1A5 não é especialmente relevante porque as ameaças à arma blindada não evoluíram da mesma maneira.
A principal ameaça aos carros de combate brasileiros continua a ser relativamente convencional e é em teoria constituída pelas unidades blindadas argentinas, quer pelos seus tanques TAM, quer pelos seus caça-tanques, os dois armados com canhões de calibre 105mm.

Dificilmente uma viatura blindada como o Leopard-1A5 pode resistir a um impacto direto de uma arma desse calibre, exceção para condições muito específicas.

Por isso, a principal vantagem que apresentam os «novos» tanques, reside especialmente na electrónica instalada e nos sistemas de visão noturna que permitem a luta em condições de baixa visibilidade.

A possibilidade de utilizar carros de combate pesados de noite, altera radicalmente a equação dos meios e tácticas a utilizar.
A chegada dos «novos» veículos também vai permitir liberar para a sucata ou para museus, os últimos carros de combate leves do tipo M-41 que foram modernizados no Brasil durante os anos 80.

Até ao momento, apenas os carros de combate M-60A3-TTS brasileiros estão equipados sistemas de visão térmica.

Existem rumores sobre a futura modernização de pelo menos parte dos carros de combate Leopard-1A1 que se encontram em melhor estado, de forma a coloca-los ao mesmo nível dos Leopard-1A5.

O Brasil possuiu nos anos 80 uma vigorosa industria militar que demonstrou ter capacidade para produzir os seus próprios veículos. Essa industria foi promovida por incentivos do governo, mas tais incentivos não tiveram consequência, o que acabou por levar à extinção de empresas de defesa, entre as quais a mais importante de todas a Engesa de São José dos Campos SP