Índia desconfia
da qualidade das armas russas

Israel, entre os possíveis futuros fornecedores preferenciais


Desde a independência da União Indiana que aquele país tem procurado garantir a sua independência em termos de fornecedores de armamento.

Não tendo capacidade tecnológica suficiente para desenhar os seus equipamentos, a Índia optou por adquirir sistemas de armas a países terceiros, passando se possível ao fabrico ou montagem local.

Tendo inicialmente o apoio de países europeus, a Índia diversificou as suas fontes de fornecimento, estabelecendo acordos de cooperação com a Rússia, que assim forneceu desde navios contratorpedeiros até caças MiG, passando por tanques como o T-72.

No entanto, segundo a imprensa indiana, o militares do país não parecem estar contentes com a actual situação. Eles parecem considerar que alguns dos sistemas de armas russos são pouco confiáveis e que o controlo de qualidade e assistência por parte das empresas russas, é tudo menos perfeito.

Mesmo recentemente, durante a visita de Vladimir Putin à India, em reuniões paralelas, isto foi referido pelo ministro indiano da defesa, A.K.Anthony ao ministro russo Sergei Ivanov.

Submarino Kilo da India: Problemas com sistemas de navegação


Os indianos, apresentaram uma lista de problemas, entre os quais, um dos mais preocupantes é o da inoperacionalidade do sistema de navegação para os dez submarinos da classe Kilo, conhecidos como classe Sindhugosh na Índia, bem como problemas os sistemas de navegação de grande número de mísseis de cruzeiro anti-navio SS-N-25 (URAN).

Mas os problemas, não ficam pela marinha indiana. A Força aérea queixa-se de problemas nos cockpits de 40 dos seus novíssimos caças SU-30MKI (O mais sofisticado caça que a Rússia fabrica e o mais poderoso avião da Índia), sendo que o país ainda deverá receber mais 190 unidades.


SU-30MKI: O mais moderno caça de fabrico russo: Boas prestações mas assistência deficiente
A Força Aérea, está contente com as capacidades do avião, mas está irritada com os atrasos no fornecimento de peças, e com as demoras na prestação de assistência. Ainda recentemente, uma auditoria à empresa Hindustan Aeronautics, levou os indianos a concluir que os atrasos nos fornecimentos de peças eram tantos, que um avião fabricado na Índia acaba ficando mais caro que um comprado na Rússia.

Isto ocorre numa altura em que a Índia está a preparar uma nova compra de aeronaves, tendo os russos sido avisados que devem alterar o seu comportamento, ou arriscar perder encomendas.

Os indianos afirmaram que ocorreram atrasos injustificáveis no programa dos caças SU-30MKI, no fornecimento dos tanques T-90S e também no programas das fragatas Stalwar.

Entretanto, em termos de cooperação tecnológica militar, parece haver alguma aproximação entre a Índia e Israel, no sentido de colaborarem em vários programas. Os indianos parecem estar para já especialmente interessados nos sistemas de mísseis antiaéreos israelitas, quer nos sistemas terrestres quer navais.

O caça SU-30MKI, é já uma prova da colaboração da Índia com Israel, ao incorporar sistemas fabricados em Israel nos caças russos.

A Índia, parece estar a preparar-se para ganhar capacidades no desenho próprio de equipamentos, e Israel parece ser, com a sua experiência na integração de sistemas electrónicos militares, um parceiro estratégico de primeira grandeza